Que dizer dos mortos? Eles
vivem.
No dia que é consagrado aos
finados, tenho a dizer que tudo isto segue a uma tradição de termos boas
lembranças de nossos antepassados.Tenhamos, porém, consciência de suas condições
atuais.
Os mortos não vivem nas
catacumbas, vivem nos céus. Estão em toda parte e são seres como nós, aliás, os
mortos somos nós que apenas não possuem mais os seus corpos
carnais.
O contato com os mortos se
faz diariamente, nunca cessa. Quando estamos pensando em fazer algo é
normalmente neste momento que somos influenciados por eles, para o bem ou para o
mal. Não há meio termo na Criação, tudo acontece numa perfeita interação entre
os dois ambientes da vida. Seja a pessoa quem for ela estará sempre em interação
com os chamados “mortos”.
Neste contexto, tenho que
dizer que a morte é uma grande falácia. É uma falácia porque o que existe por
toda parte é vida e como disse o Nosso Senhor Jesus Cristo, em particular para
quem o seguisse, que há vida e vida em abundância. Não esqueçamos jamais
disto.
A morte é, portanto, uma
breve passagem para o outro lado da vida e continuaremos sendo exatamente os
mesmos que sempre fomos, sem tirar nem por.
Vivemos a vida espiritual e
nos expressamos quando podemos. Estamos em espírito e possuímos as mesmas
necessidades que antes possuíamos quando estávamos no corpo
físico.
No dia reservado aos
finados, façamos uma evocação à vida, a vida verdadeiríssima, que é a vida
espiritual, a vida que resiste a tudo.
Continuemos a “abraçar” os
nossos mortos na carne, mas vivíssimos em espírito, sabendo naturalmente que o
ambiente dos cemitérios representam, tão somente, um ponto convergente desta
reverência, mas que esta homenagem e relacionamento ocorrem todos os dias e
todas as horas e em todos os lugares.
Reverenciemos a vida, a
vida maior, a vida permanente, a vida de verdade.
Saudemos a vida e
agradeçamos sempre ao Pai por isso, pela vida incessante e
plena.
Helder Câmara por
Carlos
Pereira
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