183 –Como se interpreta o ciúme no plano espiritual?
-O ciúme, propriamente
considerado nas suas expressões de escândalo e de violência, é um indício de
atraso moral ou de estacionamento no egoísmo, dolorosa situação que o homem
somente vencerá a golpes de muito esforço, na oração e na vigilância, de modo a
enriquecer o seu íntimo com a luz do amor universal, começando pela piedade
para com todos os que sofrem e erram, guardando também a disposição sadia para
cooperar na elevação de cada um.
Só a compreensão da vida,
colocando-nos na situação de quem errou ou de quem sofre, a fim de iluminarmos
o raciocínio para a análise serena dos acontecimentos , poderá aniquilar o
ciúme no coração, de modo a cerrar-se a porta ao perigo, pela qual toda alma
pode atirar-se a terríveis tentações, com largos reflexos nos dias do futuro.
184 –Como devemos efetuar nossa auto-educação, esclarecida
pela luz do Evangelho, nos problemas das atrações sexuais, cujas tendências
egoístas tantas vezes nos levam a atitudes antifraternais?
-Não devemos esquecer que o
amor sexual deve ser entendido como o impulso da vida que conduz o homem às
grandes realizações do amor divino, através da progressividade de sua
espiritualização no devotamento e no sacrifício.
Toda vez que
experimentardes disposições antifraternais em seu círculo, isso significa que
preponderam em vossa organização psíquica as recordações prejudiciais,
tendentes ao estacionamento na marcha evolutiva.
É aí que urge o esforço da
auto-educação, porquanto toda criatura necessita resolver o problema da
renovação de seus próprios valores.
Haveis de observar que Deus
não extermina as paixões dos homens, mas fá-las evoluir, convertendo-as pela
dor em sagrados patrimônios da alma, competindo às criaturas dominar o coração,
guiar os impulsos, orientar as tendências, na evolução sublime dos seus
sentimentos.
Examinando-se, ainda, o
elevado coeficiente de viciação do amor sexual, que os homens criaram para os
seus destinos, somos obrigados a ponderar que, se muitos contraem débitos
penosos, entre os excessos da fortuna, da inteligência e do poder, outros o
fazem pelo sexo, abusando de um dos mais sagrados pontos de referência de sua
vida.
É por esse motivo que
observamos, muitas vezes, almas numerosas aprendendo, entre as angústias
sexuais do mundo, a renúncia e o sacrifício, em marcha para as mais puras
aquisições do amor divino.
Depreende-se, pois, que ao
invés da educação sexual pela satisfação dos instintos, é imprescindível que os
homens eduquem sua alma para a compreensão sagrada do sexo.
Livro: “O Consolador” – Francisco C. Xavier – Emmanuel
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Espírita de Oração
Amor e Luz de Limeira
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