As diferentes ações meritórias do Espírito
depois da morte são, sobretudo, as do coração mais do que as da inteligência.
Bem-aventurados os pobres de espírito não quer dizer unicamente bem-aventurados
os imbecis, mas bem-aventurados aqueles que, cheios dos dons da inteligência,
deles não fazem uso para o mal, porque é uma arma muito poderosa para arrebatar
as massas. Entretanto, como dizia Gérard de Nerval, recentemente, a
inteligência desconhecida sobre a Terra será um grande mérito diante de Deus.
Com efeito, o homem poderoso em inteligência, e lutando contra todas as
circunstâncias infelizes que vem assaltá-lo, deve regozijar destas palavras;
"Os primeiros serão os últimos, e os últimos serão os primeiros", o que
não deve se entender na ordem unicamente material, mas também para as
manifestações do Espírito e das obras da inteligência humana. As qualidades do
coração são meritórias, porque as circunstâncias que podem impedí-las, são bem
pequenas, bem raras, bem fúteis. A Caridade deve brilhar por toda a parte,
apesar de tudo, para todos, como o Sol está para todo o mundo. O homem pode
impedir a inteligência de seu próximo de se manifestar, mas nada pode sobre o
coração. As lutas contra a adversidade, as angústias da dor, podem paralisar os
impulsos do gênio, mas não podem parar as da caridade.
Livro:
“Revista Espírita” - tomo V - 1862 -
Allan Kardec – Lamennais - Os
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Casa Espírita de
Oração Amor e Luz de Limeira.
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