Creio que, de espírito
batedor que eu sempre fui, e ainda sou, esteja virando espírito perguntador –
deve ser influência do Codificador!
A pergunta desta semana,
que, de fato, me intriga, é a seguinte: vocês já viram algum companheiro de
ideal espírita-cristão, verdadeiramente consagrado à prática da Caridade,
dedicando-se a crítica sistemática contra outro confrade de nossas lides
doutrinárias?!
De minha parte, confesso
que não.
Sempre que me deparo com um
crítico, maledicente e contumaz, do esforço de servir em alguém, constato, sem
dificuldade alguma, que esse nosso irmão pode ser considerado muito mais um
teórico do Espiritismo, do que propriamente um adepto que se preocupe com a
vivência cotidiana de seus Princípios.
Vocês concordam, ou acham
que esteja exagerando?!
Sinceramente, eu nunca
percebi, por exemplo, um espírita que seja sopeiro, passista, faxineiro no
Centro Espírita, costureiro, benfeitor dos mais pobres, aficionado leitor das
páginas de “O Evangelho”, amante da oração do “Pai Nosso”, seguidor dos exemplos
de Chico Xavier, etc. – eu nunca detectei um desses companheiros de Doutrina a
se esmerarem na crítica destrutiva contra quem quer que
fosse!
Sempre que tenho
oportunidade de lidar com alguma crítica – não a mim, que estou consciente de
que mereço todas elas –, analisando o currículo de vida de seus autores, observo
que lhes sobra excessivo tempo ocioso na encarnação e que, praticamente, são
quase todos nulos no campo das atividades de assistência aos mais
desvalidos...
Eis o que, ultimamente, eu
tenho me desdobrado para tentar compreender.
Por que será que os que,
com sinceridade, se empenham em sua própria renovação íntima, não se encorajam a
atirar pedras sobre os outros?! Será que, talvez, seja por que já lograram
alcançar mais profundo conhecimento a respeito de
si?!...
Tendo a responder
afirmativamente a questão que eu próprio formulo e tomo a liberdade de endereçar
aos amigos deste Blog.
Para mim, dentro de nossa
Universidade, que, na revivescência do Evangelho, é o Espiritismo, existe uma
escola de dissidência ética, encabeçada por cultores de uma falsa
intelectualidade – escola que, infelizmente, tem feito vários seguidores,
criando problemas sérios para a nossa Doutrina de Paz e
Amor.
Interessante que os maiores
críticos de meu conhecimento pertencem a tal escola, que não é a de Chico
Xavier!
Vocês já repararam
isto?!
Façam uma enquete
silenciosa a respeito, e vejam a que escola pertence, por exemplo, os oradores
intolerantes e mal educados, vaidosos e exigentes, e os médiuns elitistas que,
no Movimento, incrementam os cursos pagos, chegando à desfaçatez de falarem em
“investimento” – sim, “investimento”... bolso
deles!
Não sei,
não.
Acho que os espíritas, que
anelamos ser sinceros profitentes da Fé, precisamos, urgentemente, efetuar um
retorno às nossas origens – aos caminhos que, sacrificialmente, foram trilhados
pelos pioneiros do Espiritismo!
Em vez de nos lançarmos a
uma disputa de Conhecimento, vamos nos lançar a uma disputa de Bondade! Quem
consegue perdoar mais, esquecer mais agravos, auxiliar mais, servir mais,
aproveitar mais o tempo na prática do Bem aos
semelhantes?!...
Aliás, eu vou dizer a vocês
que o Conhecimento tem sido por demais desconhecido de nós outros, que,
equivocadamente, achamos que Conhecimento seja apenas e tão somente informação,
nada, portanto, tendo a ver com formação.
Quem sabe, também faz a
hora... de ser melhor!...
INÁCIO
FERREIRA
Uberaba – MG, 20 de julho
de 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário