147 –Proporciona a morte
mudanças inesperadas e certas modificações rápidas, como será de desejar?
-A
morte não prodigaliza estados miraculosos para a nossa
consciência.
Desencarnar é mudar de plano, como alguém que se transferisse de
uma cidade para outra, aí no mundo, sem que o fato lhe altere as enfermidades ou
as virtudes com a simples modificação dos aspectos exteriores. Importa observar
apenas a ampliação desses aspectos, comparando-se o plano terrestre com a esfera
de ação dos desencarnados.
Imaginai um homem que passa de sua aldeia para uma
metrópole moderna. Como se haverá, na hipótese de não se encontrar devidamente
preparado em face dos imperativos da sua nova vida?
A comparação é pobre, mas
serve para esclarecer que a morte não é um salto dentro da Natureza. A alma
prosseguirá na sua carreira evolutiva, sem milagres prodigiosos.
Os dois
planos, visível e invisível, se interpenetram no mundo, e, se a criatura humana
é incapaz de perceber o plano da vida imaterial, é que o seu sensório está
habilitado somente a certas percepções, sem que lhe seja possível, por enquanto,
ultrapassar a janela estreita dos cinco sentidos.
148 –Que espera o homem
desencarnado, diretamente, nos seus primeiros tempos da vida de
além-túmulo?
-A alma desencarnada procura naturalmente as atividades que lhe
eram prediletas nos círculos da vida material, obedecendo aos laços afins, tal
qual se verifica nas sociedades do vosso mundo.
As vossas cidades não se
encontram repletas de associações, de grêmios, de classes inteiras que se reúnem
e se sindicalizam para determinados fins, conjugando idênticos interesses de
vários indivíduos? Aí, não se abraçam os agiotas, os políticos, os comerciantes,
os sacerdotes, objetivando cada grupo a defesa dos seus interesses
próprios?
O homem desencarnado procura ansiosamente, no Espaço, as
aglomerações afins com o seu pensamento, de modo a continuar o mesmo gênero de
vida abandonado na Terra, mas, tratando-se de criaturas apaixonadas e viciosas,
a sua mente reencontrará as obsessões de materialidade, quais as do dinheiro, do
álcool, etc., obsessões que se tornam o seu martírio moral de cada hora, nas
esferas mais próximas da Terra.
Daí a necessidade de encararmos todas as
nossas atividades no mundo como a tarefa de preparação para a vida espiritual,
sendo indispensável à nossa felicidade, além do sepulcro, que tenhamos um
coração sempre puro.
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Consolador” – Francisco C. Xavier – Emmanuel - Os
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Casa Espírita de
Oração Amor e Luz de Limeira.
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