2.7.15

MUDANÇAS

Questão 303 do Livro dos Espíritos
As mudanças nas condições de simpatia nas esferas espirituais são sem limites. Os Espíritos simpáticos, como já afirmamos em mensagem anterior, podem deixar de sê-lo, com limites ou sem limites, dependendo da esfera íntima de cada ser.
A liberdade da alma se encontra, em grande parte, depois de Deus, em suas mãos. Aquele que parte para o despertamento e prossegue sem destemor, lutando e servindo corajosamente, tem no seu esforço as sementes que ele mesmo deve colher nos seus próprios caminhos.
A simpatia é fusão de ideais, harmonia que vibra entre duas almas, criando, de certa maneira, um clima onde as duas respiram com alegria.
Quando ocorre a mudança de destinos, os laços de simpatia vão quebrando, passando a desinteressar aos dois amantes ideológicos. Conservando o fundamento pelo qual foram criados, o amor que sempre constrói, a verdade não se perde, somente esfria em alguns aspectos, sem prejuízo para a harmonia verdadeira e santa que é a vida.
O estacionar, de que fala "O Livro dos Espíritos", não é parar de crescer, é subir vagarosamente, porque a vida não pára de aperfeiçoar, nem os Espíritos, nem as coisas criadas por Deus, e a aceleração depende de cada um.
Se o mundo exterior sofre periódicas mudanças em toda a sua estrutura de forma e mesmo na sua intimidade, quanto mais o Espírito; ele se encontra em variações permanentes. As mudanças são apanágios de quem vive e pensa, de quem sente e trabalha na co-criação diante do Criador. O homem consciente de seus deveres está sempre com as suas mãos no amanho. O seu preparo lhe inspira na semeadura, pela certeza que tem de que somente colhe se semear.
Podemos observar, se ainda não o fizemos, o próprio corpo humano, com as suas mudanças permanentes, quando criança, moço e velho. A energia flutua, agregando e desintegrando moléculas e células, renovando e mostrando que o desgaste é uma verdade. O corpo é, pois, uma veste, que de vez em quando pede mudanças.
Certamente que Espíritos que não foram simpáticos no passado podem sê-lo no futuro, dependendo da analogia de sentimentos no complexo da vida, bem como pode acontecer que Espíritos que são simpáticos deixem de sentir essa simpatia pelas mudanças de idéias, posições sociais e mesmo mudanças em todas as suas estruturas mentais. Entretanto, nunca deixam de cumprir seus deveres ante a sua consciência e seus compromissos assumidos.
A teoria das metades eternas é realmente uma figura passageira, que perde sua razão de ser com o passar do tempo e as mudanças de caráter diante dos circunstantes que estão ligados pelos laços da simpatia.
É bom que se observe uma família unida por certos laços de amizade: quando ela se divide para formar outras famílias, os laços se enfraquecem, em se comparando com o que eram, porque a formação de novos lares traz compromissos novos e redobradas atenções.
A verdade é que nós já tivemos laços simpáticos quebrados por circunstâncias tais em que não havia outro modo de proceder, e todos fizemos outros novos, por sintonia de sentimentos.
Que Deus nos abençoe em todas as direções que tomarmos para o bem da humanidade e que Jesus nos inspire nos fundamentos do amor verdadeiro e universal, para que possamos ser simpáticos com todos os companheiros que decidirem fazer e viver o bem comum.
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