Outra vez mais me deparo com um desejo de homenagem de
amigos generosos em torno de uma candidatura de meu nome para ganhar vez no
panteão dos santos católicos.
Ah! Eu Deus, não sabem o tanto que me falta,
não sou santo e como estou distante da verdadeira santidade.
Não sou santo
porque ainda peco em palavras e ações.
Não sou santo porque me desvio vez por
outra em pensamentos insolentes e sem propósito.
Não sou santo porque ainda
não sei perdoar como deveria
Não sou santo porque tenho muito a fazer deste
lado da vida para aparar as minhas queixas em relação a minha própria
consciência.
Quanto me falta, Pai, para ser um santo. Sei que um dia o serei.
Disto não tenho duvida alguma porque isto está reservado pelo Pai a todos os
seus filhos.
Neste momento, porém, não sou santo.
Encontro, vez por outra
aqui, aqueles a quem a nossa Santa Madre igreja conferui-lhes a santidade. Fico
estupefato em saber o quanto eles se envergonham com tal condecoração.
A
vergonha se manifesta exatamente por saberem de suas limitações e verem na terra
venerados como servos de Deus em perfeição.
Dizem eles: “Se soubessem o que
ainda passamos no dia a dia, sequer cogitariam, sequer pensariam em
santidade”.
Pois é, amigos, ainda somos tão humanos por aqui, tão próximos da
carne e do osso, que qualquer alusão a nossa possível angelitude nos causaria
constrangimento.
Devemos venerar sim é ao Pai, a Santidade por
excelência.
Devemos lembrar de Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem todos nos
subordinamos na terra, em aprender de verdade, o caminho para a
santidade.
Devemos lembrar de Maria, que a todo instante trabalha para ajudar
a todos os seus filhos espirituais.
Que o nosso papa Francisco analise bem
este pedido de amigos do coração e conclua que o velho Helder deseja mesmo é ser
lembrado como um servo sincero do Nosso Senhor Jesus Cristo em tentar implantar
na essência o seu evangelho de amor.
Em paz.
Helder Camara
Nenhum comentário:
Postar um comentário