Passeatas no
Brasil – o clamor das ruas!
Claro que sou a favor, e creio que todo espírito,
encarnado ou desencarnado, com o mínimo de senso de responsabilidade também o
seja.
Bem entendido: sem violência e sem vandalismo!
As reivindicações
sociais, apartidárias, por um Brasil melhor são mais do que justas e
necessárias.
De fato, profundas mudanças políticas precisam ocorrer, pois,
caso contrário, adeus “Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”...
A questão da
espiritualidade do homem não deve ficar restrita à religião.
Chega de
missionários no campo religioso – a Terra está a carecer de espíritos
missionários na política e na administração do bem público. Por isto, talvez,
quando falou sobre a reencarnação de Emmanuel, Chico informou que ele militaria
no campo da Educação, e, provavelmente, mais tarde, iria para o Senado – que
Deus o proteja!!!
A religiosidade carece de sair do âmbito dos templos
religiosos! Fé não é tão somente oração, mas honestidade também! Precisamos, por
exemplo, de um Francisco de Assis, de um Mahatma Gandhi, de uma Madre Teresa de
Calcutá, de um Bezerra de Menezes, ou, ainda, de um Chico Xavier na Presidência
da República!
Releiam o que André Luiz escreveu no capítulo 9 – “Problema de
Alimentação”, na obra “Nosso Lar”. O texto é longo e substancioso.
Transcreveremos apenas o que se segue: “Tudo isso provocou enormes cisões nos
órgãos coletivos de ‘Nosso Lar’, dando ensejo a perigoso assalto das multidões
obscuras do Umbral, que tentaram invadir a cidade, aproveitando brechas nos
serviços de Regeneração, onde grande número de colaboradores entretinha certo
intercâmbio clandestino, em virtude dos vícios de alimentação. Dado o alarme, o
Governador não se perturbou. Terríveis ameaças pairavam sobre todos. Ele, porém,
solicitou audiência ao Ministério da União Divina e, depois de ouvir o nosso
mais alto Conselho, mandou fechar provisoriamente o Ministério da Comunicação,
determinou funcionassem todos os calabouços da Regeneração, para isolamento dos
recalcitrantes, advertiu o Ministério do Esclarecimento, cujas impertinências
suportou mais de trinta anos consecutivos, proibiu temporariamente os auxílios
às regiões inferiores, e, pela primeira vez na sua administração, mandou ligar
as baterias elétricas das muralhas da cidade, para emissão de dardos magnéticos
a serviço da defesa comum”.
Para quem sabe ler, um pingo é letra... Em “Nosso
Lar” estava uma baderna! Havia corrupção, tráfico de alimentos (leia-se carne!),
luta pelo poder... O Governador antigo não tinha pulso, e foi substituído por
outro – está nas entrelinhas do citado capítulo.
Todavia, os protestos
carecem de ser inteligentes, para que não venham a ser sufocados pelas
inteligências sibilinas que estão ocupando o poder – tais protestos carecem de
ir muito além que discussão em torno de tarifa de ônibus! O problema é muito
mais sério, porque, por conta do câncer da corrupção, mais uma vez, o Brasil
está “perdendo o bonde da História”...
Não votem mais em políticos viciados,
que têm feito da Política instrumento de enriquecimento ilícito!
De tais
protestos, nós, os espíritas, carecemos de participar sim. Por que não?! Não
importa que, por causa destas palavras, mais uma vez, me acusem de reacionário,
ou mistificador.
Vou mais longe: na Doutrina, façam passeatas contra o
elitismo, contra a vaidade dos médiuns, contra o profissionalismo religioso,
contra a ditadura branca dos dirigentes de Centros que não querem apear do
poder...
É isto que eu penso, e, à exceção de Jesus Cristo, meu Chefe, não há
quem possa me calar!
Eu sou “povão”, e, acreditem, estou de cara pintada nas
ruas do Espiritismo!...
Vem prá rua você também.
INÁCIO
FERREIRA
Uberaba – MG, 1º de julho de 2013.
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