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SENHOR “ELITISMO”
De uns tempos para cá, surgiu no
Movimento Espírita a estranha figura do Senhor “Elitismo”...
Ele nasceu
décadas atrás, mas, enquanto Chico Xavier estava encarnado, continha-se, a muito
contragosto, em seu característico campo de atuação personalista.
A humildade
de Chico como que lhe inibia a vaidade exacerbada.
Aos poucos, no entanto, à
semelhança de Maquiavel, foi se impondo, e hoje, articulando nos bastidores,
controla praticamente todas as Federações.
Político exímio, ele se prevalece
da mediunidade e da facilidade de expressão para enredar os incautos com as suas
“revelações”, no centro das quais, evidentemente, sempre estão os seus
interesses de projeção.
Notável reprodutor, tem feito uma legião de “filhos”,
que, herdando-lhe os atavios espirituais, copiam-lhe nas menores atitudes,
inclusive na de não aceitar convite para essa ou aquela conferência espírita se
não for sob a chancela de algum Órgão unificador.
O senhor “Elitismo”, de há
muito, não mais atende a solicitações para falar nos Centros Espíritas de
dimensões acanhadas – preferindo, claro, os hotéis de quatro a cinco estrelas –
quiçá de seis ou sete! –, porque, segundo alega, o Espiritismo não é uma
doutrina de esfarrapados...
Habitualmente, não participa de uma palestra em
que, no mínimo, não lhe seja dado faturar alguns milhares de reais, de euros ou
dólares, porque, afinal, as obras assistenciais que dirige – hoje quase todas
mantidas pelo Governo – são insaciáveis em seus gastos exorbitantes.
Ao que
se pode constatar, infelizmente, os filhos do senhor “Elitismo” estão indo pelo
mesmo caminho do pai, inclusive chegando a inovar com o parcelamento de suas
conferências através de cartões de crédito, a que, de maneira sofística,
passaram a denominar de “investimento”... E, de fato, tem muita gente
“investindo” no bolso deles!
Está tudo errado, porque a Mensagem Espírita não
deveria ser vendida para manter obras assistenciais – seria como vender uma
Caridade Maior para sustentar uma caridade menor! As obras assistenciais de
cunho espírita-cristão podem, e devem, muito bem ser mantidas com jantares,
bazares, chás beneficentes, etc.
O senhor “Elitismo” e os seus filhos hão de
ficar uma fera comigo... Que eles, no entanto, saibam que, pessoalmente, nada
tenho contra eles – ao contrário, até os acho muito simpáticos, principalmente
quando borrifam sobre si aquele perfume francês de sua preferência e, que, para
disfarçar, atribuem aos Amigos Espirituais, que, coitados, somente cheiram a
suor!
Ah, por falar nisto, devo informar a eles que o perfume preferido de
Chico Xavier era “Água de Colônia”, que, aliás, eu também costumava usar quando
me barbeava. O delicioso aroma de rosas que de Chico Xavier emanava, quanto mais
ele transpirava, era coisa de Scheilla, ou dele mesmo que costumava porejar
perfume...
Faço votos que o senhor “Elitismo” compreenda a minha intenção ao
lhe dirigir estas palavras, e torço, torço muito mesmo, para que ele, e nenhum
de seus inteligentes rebentos, não venham a desencarnar nesta situação, porque o
que eu tenho visto acontecer com alguns de seus descendentes que já se
transferiram para este Outro Lado é de fazer arrepiar a careca do Yul
Brenner!...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 29 de outubro de 2012.
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