AÇÃO DOS ESPÍRITOS SOBRE OS FLUIDOS
Os
espíritos vivem numa atmosfera fluídica (de fluidos). Dela extraem o que lhes é
necessário e agem sobre os fluidos do seu ambiente. (Comparativamente: na Terra
estamos envoltos pela atmosfera e vivemos em meio a substâncias materiais, que
usamos e sobre elas agimos).
Agindo sobre os fluidos, os espíritos
influem: sobre si mesmos e sobre os outros espíritos: sobre o mundo fluídico e
sobre o mundo material.
I. COMO AGEM?
É com o pensamento e a
vontade que o espírito age sobre os fluidos.
Ele dirige os fluidos,
aglomera-os, dá-lhes forma, aparência, cor e pode, até, mudar suas
propriedades.
É a grande oficina ou laboratório da vida
espiritual.
A ação dos espíritos sobre os fluidos pode ser inconsciente
porque basta pensar e sentir algo para causar efeitos sobre eles.
Mas
também pode o espírito agir conscientemente sobre os fluidos, sabendo o que
realiza e como o fenômeno se processa.
II. QUALIDADE DOS FLUIDOS
Os fluidos em si são neutros. O tipo dos pensamentos e sentimentos do espírito é
que lhes imprime determinadas características.
Fluidos bons são
resultantes de pensamentos e sentimentos nobres, puros.
Fluidos maus são
resultantes de pensamentos e sentimentos inferiores, incorretos, impuros.
Os fluidos iguais se combinam; os fluidos contrários se repelem; os fracos cedem
aos mais fortes; os bons predominam sobre os maus.
Os fluidos se reforçam
em suas qualidades boas ou más pela reiteração do impulso correspondente que
recebem do espírito.
As condições criadas pela ação do espírito nos
fluidos podem ser modificadas por novas ações do próprio espírito ou por ações
de outros espíritos.
III. EFEITOS NO PERISPÍRITO E NO CORPO
O
perispírito absorve com facilidade os fluidos externos porque tem idêntica
natureza (também é fluídico).
Absorvidos, os fluidos agem sobre o
perispírito, causando bons ou maus efeitos, conforme seja a sua
qualidade.
No caso de um espírito encarnado (como nós) o perispírito, por
sua vez, irá reagir sobre o organismo físico, com o qual está em completo
contato molecular. E, então:
- se os fluidos forem bons, produzirão no
corpo uma impressão salutar, agradável;
- se forem fluidos maus, a
impressão é penosa, de desconforto.
Se a atuação de fluidos maus for
insistente, intensa e em grande quantidade, poderá determinar desordens físicas
(certas moléstias não têm outra causa senão esta).
Os bons fluidos, ao
contrário, podem curar.
IV. AURA
Com os seus pensamentos e
sentimentos habituais, o espírito (encarnado ou não) influi sobre os fluidos do
seu perispírito e lhes dá características próprias. Está sempre emanando esses
fluidos, que o envolvem e acompanham em todos os movimentos. é a sua aura, a sua
"atmosfera individual".
Na aura do encarnado, a difusão dos campos
energéticos que partem do perispírito envolve-se com o manancial de irradiações
das células do corpo. No desencarnado, a aura é resultante apenas das emanações
perispirituais.
Conforme o tipo fluídico, as auras se harmonizam ou se
repelem.
V. SINTONIA E BRECHA
Pelo modo de sentir e
pensar:
- estabelecemos um ajuste de comprimento de onda vibratória entre
nós e os que pensam e sentem iguala nós; ou seja, entramos em sintonia com
eles;
- produzimos um certo tipo de fluidos e os espíritos que produzam
fluidos semelhantes poderão, então "combinar" seus fluidos com os nossos, pois
estabelecemos afinidade fluídica.
Quando oferecemos sintonia e combinação
de fluidos para o mal, dizemos que estamos dando "brecha" aos espíritos
inferiores.
Vigilância e oração evitam ou corrigem a influência negativa
de outros sobre nós ou de nós sobre outrem.
VI. O PASSE
É uma
transmissão voluntária e deliberada de fluidos benéficos, de uma pessoa para
outra.
Seu efeito é:
- bom, quando o paciente está receptivo e
assimila bem os fluidos transmitidos; daí a necessidade de um preparo prévio da
mente, da fé e da oração para estar apto a receber bem o passe;
-
duradouro, quando o paciente mantém (pela boa conduta, pensamento e sentimento)
o estado melhor que alcançou com o passe.
Se a pessoa não modificar para
melhor o seu modo de agir, voltará a sofrer desgaste fluídico e desequilíbrio
espiritual. "Não peques mais, para que não te suceda algo pior". (Jesus, Jo.
4:14.)
Não é justo que fiquemos recebendo passes, que o próximo de boa
vontade nos dá, e gastando essas forças, sem responsabilidade, sem nos
esforçarmos por manter equilíbrio físico e moral.
Só devemos pedir passe
quando não pudermos, por nós mesmos, pelos nossos pensamentos e vontade, prece e
atos bons, produzir fluidos melhores para nós mesmos.
Livro: "Iniciação ao
Espiritismo" - Therezinha Oliveira
Livros consultados:
De Allan
Kardec:
- "A Gênese", cap. XIV, itens 13 a 21.
De André Luiz:
-
"Missionários da Luz", cap. XIX.
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