O TESOURO ENFERRUJADO
"O VOSSO OURO E A VOSSA PRATA SE ENFERRUJARAM." -
(TIAGO, CAPÍTULO 5, VERSÍCULO 3.)
Os sentimentos do homem, nas suas próprias
idéias apaixonadas, se dirigidos para o bem, produziriam sempre, em
conseqüência, os mais subs tanciosos frutos para a obra de Deus. Em quase toda
parte, porém, desenvolvem-se ao contrário, impedindo a concretização dos
propósitos divinos, com respeito à redenção das criaturas.
De modo geral,
vemos o amor interpretado tão somente à conta de emoção transitória dos sentidos
materiais, a beneficência produzindo perturbação entre dezenas de pessoas para
atender a três ou quatro doentes, a fé organizando guerras sectárias, o zelo
sagrado da existência criando egoísmo fulminante. Aqui, o perdão fala de
dificuldades para expressar-se; ali, a humildade pede a admiração dos
outros.
Todos os sentimentos que nos foram conferidos por Deus são sagrados.
Constituem o ouro e a prata de nossa herança, mas como assevera o apóstolo,
deixamos que as dádivas se enferrujassem, no transcurso do tempo.
Faz-se
necessário trabalhemos, afanosamente, por eliminar a "ferrugem" que nos atacou
os tesouros do espírito. Para isso, é indispensável compreendamos no Evangelho a
história da renúncia perfeita e do perdão sem obstáculos, a fim de que estejamos
caminhando, verdadeiramente, ao encontro do Cristo.
Francisco Cândido Xavier.
Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel
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