Alfredo Bastos e a oitava volta à
mediúnica
“Claro, amigo, Alamar; com meu pai aprendi a conversar com
encarnados ou não do mesmo modo... alguns pensam que os desencarnados são deuses
bons ou maus... É difícil... mas chegamos lá...” - Heloísa Pires.
Estas
primeiras palavras são da notável e maravilhosa Heloísa Pires, uma das mais
lúcidas, lógicas e sensatas expositoras espíritas do mundo. E esse pai aí, que
ela se refere, ninguém mais é que o respeitável Herculano Pires.
Pela oitava
vez o amigo Alfredo Bastos volta à mediúnica, dirigida pelo Jarbas Silveira,
dando continuidade à sua tarefa de dialogar com os espíritas de igual para
igual. Aqui ele fala das curas espirituais na casa espírita e nos passa outras
informações para pensarmos.
Vamos ao relato da noite, então.
JARBAS –
Sob a vigilância dos amigos espirituais, damos por iniciado mais um trabalho de
intercâmbio espiritual, na noite de hoje, e colocamo-nos a disposição da
coordenação das atividades mediúnicas desta casa.
ALFREDO – Boa noite,
amigos. Renovo-me na alegria de estar sempre aqui com vocês, para nosso já
costumeiro bate-papo. Como estão todos?
Numa só voz todos respondem que estão
bem, mas Jarbas faz logo a primeira pergunta.
JARBAS – Como está o nosso
amigo Alfredo? Estamos na expectativa do bate-papo da noite de hoje.”
ALFREDO
– “Muito bem Jarbas. Quero começar a nossa conversa de hoje com mais uma
sugestão, que julgo muito relevante:
Providenciem, para esta sala, uma mesa
ou uma pequena estante, para que esteja sempre disponível toda a Obra Básica do
Espiritismo, todos os livros escritos por Allan Kardec e, principalmente, a
Revista Espírita.
É fundamental que vocês tenham a obra em mais de uma
tradução, quanto mais, melhor.
Esta providência faz-se necessária e
indispensável a qualquer reunião mediúnica que pretende ser aberta para troca de
idéias com espíritos, a fim de que dúvidas sejam esclarecidas na hora, para
evitar absorção de equívocos.
Tenho trazido algumas informações a vocês que
lhes parecem estranhas. Podem até mesmo ser equivocadas, sim, da minha parte.
Eu, mesmo como desencarnado, posso ter opiniões pessoais e pretender passá-las
como se fossem corpo de doutrina, aproveitando-me da empatia que criamos, o que
poderia ser prejudicial, em que pese a boa vontade e o cuidado de
todos.
Qualquer coisa que qualquer espírito disser, que parecer-lhes
estranha, surgindo alguma dúvida, vocês devem questionar e a obra deve ser
aberta e consultada imediatamente. Espírito nenhum terá o direito de ofender-se
por isto e, caso se ofenda, podem ter certeza de que não será um espírito
sério.
NEUZINHA – “Alfredo, o Alamar vem falando em suas palestras e nos seus
emails sobre essa necessidade de espíritas estudarem em mais de uma tradução,
agora você vem aqui e fala também sobre este assunto. Em minha casa eu tenho a
Obra Básica completa, edição da FEB, mas tenho também um Livro dos Espíritos e
um Evangelho, em tradução do Herculano Pires. Você poderia explicar pra gente
quais as razões dessa recomendação de estudo em várias traduções?”
CLOVIS –
“Eu também estou com esta curiosidade, Alfredo. Não é o suficiente para o
espírita estudar o Espiritismo em apenas uma tradução?”
ALFREDO – “É raro,
muito raro mesmo, acontecer de uma tradução de livro de um idioma para outro
refletir cem por cento a idéia do autor. Existem muitos fatores que comprometem
a fidelidade e nem todos estão ligados a problemas de má fé e nem de tendências,
mas problemas de expressões de época, de usos de palavras que em determinadas
frases significam coisas diferentes daquilo pelo qual a palavra foi criada para
significar, enfim, são muitos fatores.
Exemplo disto está nas diversas
traduções da Bíblia, para os diversos idiomas, que tem gerado mais divisão do
que união entre os que a vêem como a palavra de Deus. O próprio João Ferreira de
Almeida, o seu maior tradutor para o idioma português, tendo conferido menos da
metade da sua obra, constatou mais de dois mil erros, inclusive erros graves,
conforme declarou, não tendo tempo de corrigi-los por ter morrido logo. Severino
Celestino da Silva, ainda encarnado, contemporâneo de vocês, inspirado pelo alto
escreve o seu livro chamando a atenção para alguns dos erros contidos.
Não
poderíamos ter a pretensão de ser imunes a isto, imaginando que as traduções das
obras espíritas estivessem livres do problema, apesar da seriedade e do nível
moral daqueles que se empenharam em trazê-las para o nosso idioma.
Uma
vírgula mal colocada muda totalmente o sentido de uma frase. Palavras criadas
para significar alguma coisa em um idioma são usadas para identificar outra,
isto ocorre em toda língua.
Não cabe a este amigo apontar trechos, pois que
vocês perceberão facilmente algumas diferenças, desde que aceitem a minha
sugestão.
Se nós falamos em fidelidade total a Kardec é porque faz-se
necessária esta fidelidade, para a prática de um espiritismo autêntico, conforme
ele realmente é.
LOURDES – Eu nunca me preocupei com isto, mas estou
entendendo perfeitamente o que você quer dizer. Vou providenciar adquirir outras
traduções. Mas deve ser complicado demais estudar em vários livros a mesma
coisa, Alfredo. Se pra gente estudar numa tradução só já é um problema e pouca
gente estuda, imagine em mais de uma.
ALFREDO – “De fato é uma tarefa árdua,
mas faz-se necessária e até indispensável, sobretudo para aqueles que se julgam
aptos a corrigirem os outros, a apontar supostos erros doutrinários nas falas e
nas obras dos outros, sob pena de exposição ao ridículo.
Esperando que todos
tenham entendido esta necessidade, passemos em frente”.
JARBAS – Meu irmão
Alfredo, eu vi pra cá hoje disposto a conversar contigo sobre um assunto que
julgo de vital importância. Durante algum tempo esta casa mantinha um trabalho
de cura, no tempo em que possuía três reuniões mediúnicas por semana. Hoje só há
esta reunião e nos foi recomendado para que não realizássemos mais qualquer tipo
de trabalho com esse objetivo de cura, sob a argumentação de um diretor que
passou por aqui que se uma pessoa está doente é porque ela tem algum compromisso
cármico para pagar e que trabalho de cura não é tarefa da casa espírita.
Que
tipo de contribuição você pode nos dar a este respeito, o que você acha disto e
o que você pode nos dizer.
ALFREDO – Posso lhes dizer que esse diretor ao
qual você se refere, se fosse governador do Estado, certamente extinguiria a
Secretaria de Saúde e fecharia os hospitais, sob a mesma justificativa.
Que
tipo de Caridade vocês querem que eu aplique na minha voz e nas minhas palavras,
diante de uma situação desta?
Imaginem Jesus recusando-se a curar cegos,
paralíticos, leprosos e obsedados sob a mesma argumentação.
Urge a
necessidade de uma reciclagem na forma de pensar de muitos companheiros do meio
espírita, Jarbas. Negar a potencialidade de cura da casa espírita é subestimar a
excelência do Espiritismo, é a omissão da Caridade.
Necessita-se,
previamente, que os grupos de trabalhadores conscientizem-se dos limites nesse
tipo de trabalho, para que não invadam o campo que pertence à Medicina terrena,
iludindo-se com possíveis super poderes que imaginam ser a casa possuidora.
O
trabalho espiritual não pretende diretamente atuar na cura do corpo, propõe-se
atuar no campo perispiritual, onde a Medicina ainda não tem acesso, que, por
conseqüência, pode levar à cura do corpo, em decorrência de que a doença do
corpo advém de uma enfermidade espiritual.
Da mesma forma que vocês foram
receptivos a este amigo desencarnado, disponham-se à mesma receptividade a
desencarnados médicos, porque eles terão muito a lhes ensinar e muitas surpresas
podem lhes ocorrer.
CLÓVIS – Existem muitos espíritos médicos dispostos a
trabalhar? Caso positivo, por quais motivos eles não vêm a estes trabalhos,
assim como você chegou aqui, tomou a médium, colocou o seu estilo, que agradou a
todos nós e aqui continua conosco nesta convivência fraterna e
agradável?
ALFREDO – Eu já lhes respondi esta pergunta, formulada em outras
palavras, mas que a resposta é a mesma.
Eles não vêm porque muitos espíritas
não deixam. O Jarbas acabou de falar que esta casa havia ordenado encerrar
qualquer trabalho que tivesse objetivo de cura. O que os espíritos
especializados nesta área viriam fazer aqui, se o ambiente deixou de ser
propício a isto?
Os espíritos não podem agir como babás dos espíritas: Meus
irmãos não façam isto, meus irmãos não façam aquilo! Praticar o Espiritismo com
coerência significa avançar, avançar e avançar sempre, tal é a Lei do Progresso,
e isto precisa ser entendido por todos os espíritas. Em momento algum Kardec
sugere estacionamento aos espíritas.
Abram as portas para os espíritos da
Medicina, que vocês terão grandes vitórias no campo da cura, abram as portas
para os espíritos da Engenharia, que vocês terão avanços no campo da tecnologia,
abram as portas para os espíritos da Economia porque certamente cessarão muitos
conflitos humanos originados pela falta de educação financeira.
NEUZINHA –
Alfredo, cada vez que eu ouço você falar, eu me encanto mais com este trabalho e
percebo quanto tempo a gente tem perdido ao longo destes anos. Eu quero ser mais
útil enquanto espírita e quero muito a sua ajuda e ajuda de todos esses
espíritos amigos que você se refere.
LOURDES – Eu digo a mesma coisa,
Alfredo. Mas deixe eu lhe perguntar uma coisa: Como você vê o trabalho do Dr.
Fritz que de vez em quando aparece por aí e algum médium, até mesmo badalado
pela mídia?
ALFREDO – Doutor Fritz ou Doutores Fritzes? Isto que venho
propondo aqui, amigos, com sugestões de novos métodos de trabalhos, outros
espíritos, porém da área médica, vem tentando há muito tempo, para aliviar
dores, todavia eles enfrentaram dificuldades terríveis junto a quem mais lhes
deveriam assessorar e dar apoio. Daí partiram para tomar médiuns por tudo quanto
é canto, pois que precisavam desabafar o desejo de servir.
Os diversos
espíritos que se utilizam do nome Fritz, geralmente não são muito bem
compreendidos pelos espíritas, que imaginam que pelo fato deles se
disponibilizarem à cirurgias espirituais, necessariamente tenham que ser
espíritas e, em decorrência disto, trazerem comportamentos conforme a ótica
espírita, quando na realidade nem todos, digo até a maioria, não tem qualquer
conhecimento espírita, portanto sem compromisso com o Espiritismo.
Geralmente
são médicos, acostumados com Ciência que, depois de desencarnados e conscientes
do seu novo estágio, perceberam que poderiam continuar trabalhando e querem
trabalhar sempre. No mundo espiritual não há curso de Espiritismo e não há ESDE,
por isto os espíritos que nunca foram espíritos continuarão a não ser e agirão
com as suas éticas e alguns deles, que foram enérgicos aí, continuarão sendo do
outro lado e é esta mesma energia que vocês vêem em alguns doutores Fritz.
Na
estrutura governamental brasileira existe o Ministério do Exterior, não é
verdade?
Talvez estivesse faltando uma espécie de Ministério das Relações
Exteriores Espirituais na FEB, para que sugerissem aos centros os espíritas um
estudo, uma metodologia e uma diplomacia de como recepcionar todos os visitantes
que chegassem do mundo espiritual.
Receber espíritos espíritas, como Dr.
Bezerra, torna mais fácil o diálogo, mas essa facilidade deveria ser estendida a
todos os espíritos.
JARBAS – E esses cortes que eles fazem, Alfredo, há
necessidades?
CLÓVIS – Algo que eu também não consigo entender é a afronta
que eles fazem à Medicina tradicional, cuspindo em facas, passando-as na sola do
sapato. Por que isto? Você sabe nos explicar?
ALFREDO – Os espíritos que
atuam sob o nome doutor Fritz sabem que não há necessidade de incisões, todavia
eles, que tem opiniões próprias, acham que devem chamar a atenção para as
cirurgias como fenômenos, já que os fenômenos atraem. Se dissessem ao paciente
que eles foram operados, sem que eles vissem nada em seus corpos, certamente
ninguém tomaria os cuidados necessários a um pós-operatório, que são
indispensáveis nas cirurgias terrenas ou espirituais. Daí a necessidade dos
cortes e dos filetes de sangue à vista de todos.
JARBAS – Mas os resultados
existem mesmo?
ALFREDO – Não tem como ninguém fazer truques para cortar
alguém sem dor e sem sangue. Há resultados, sim, e resultados notáveis. Há erros
na cirurgias espirituais? Há sim, assim como há erros médicos no plano material.
Espíritos médicos não são deuses e os compromissos cármicos dos pacientes também
podem e devem ser levados em conta nesses momentos.
FERNANDO – Alfredo. Quais
são os limites para a realização de um bom trabalho espiritual na área de
cura?
ALFREDO – A não transgressão às normas estabelecidas pelos Conselhos de
Medicina. Há espíritas que se julgam tão poderosos, em seus trabalhos de curas,
que chegam a afirmar que os médicos não sabem de nada, pretensiosos que são em
se acharem super poderosos, subestimando o nobre papel da Medicina terrena. São
tolices que podem comprometer o Espiritismo, dificultar a aliança da Ciência com
a Espiritualidade, que vem se conduzindo muito bem e até levar médiuns para a
cadeia, por isto devem ser evitadas.
A partir do momento que os realizadores
dos trabalhos de curas espirituais entenderem que a proposta de atendimento à
saúde, na casa espírita, é complementar à Medicina e não substituto da Medicina,
aí sim as coisas andarão bem.
NEUZINHA – E quais são os pré-requisitos? Dizem
que para o centro espírita ter um trabalho de cura é indispensável que tenha um
bom médium de cura. Como você vê isto?
ALFREDO – Como uma informação
equivocada. Os médiuns são apenas instrumentos utilizados pelos espíritos,
embora alguns com mais capacidade de sintonia que outros, não são eles que
processam as curas e sim os que atuam através deles.
O pré-requisito
indispensável é o Amor, sempre o Amor, em todas as atividades espíritas. Mas
este amor não é suficiente quando o médium vive inseguro emocionalmente, tenso e
com medo da direção da casa espírita onde trabalha.
REGINA – Meu irmão,
qualquer médium, mesmo que não tenha exercido qualquer atividade nesta área,
possui condições de trabalhar em área de cura?
ALFREDO – A habilidade nas
diversas especialidades não é do médium, é do espírito. Quando o médium está bem
consigo mesmo e quando ama o seu próximo ele adquire a condição, sim. Pedi e
obtereis.
JARBAS – Mas consta que os médiuns devem ter o mínimo de preparo
para atuar em determinadas áreas e quando têm, se torna mais fácil para o
espírito.
ALFREDO – Ter o mínimo de preparo é uma coisa, ter o preparo é
outra. Quando um médium é um médico, por exemplo, o espírito, também médico, o
inspira, faz lembrar-se de coisas que ele já leu, já ouviu em Congressos ou já
escutou de outros médicos mais experientes, associa o seu conhecimento com tudo
o que existe armazenado no cérebro dele e faz dessa associação o instrumento
para o trabalho. A constância dos trabalhos de um médico em um tipo de atividade
desta, se torna benéfica para ele até na sua atividade profissional, porque,
mesmo sem que ele perceba, o seu cérebro vai exercitando a lembrar de coisas que
normalmente ele não lembraria facilmente e esse espírito, colega seu, que
trabalha por seu intermédio no ambiente do centro espírita, desenvolve um laço
de amizade e passa a acompanhá-lo, também, em seu consultório, nos hospitais
onde ele trabalha e por onde quer que ele vá. Quando o médium não tem qualquer
conhecimento sobre medicina, como foi o caso do Zé Arigó, aí torna necessário o
espírito atuar sozinho, com os seus conhecimentos.
CLÓVIS – Com isto você
quer dizer que para um profissional de medicina vale muito a pena trabalhar nas
mediúnicas, até mesmo por vantagens profissionais?
ALFREDO – É exatamente
isto. Se todos os médicos espíritas, que amam, soubessem disto, correriam para
disputar espaços nas reuniões mediúnicas. Acho bom vocês falarem isto para
eles.
O médico médium, dentre todos os exercícios, exercitará também a sua
glândula pineal, que é um poderoso transmissor e receptor, para aumentar o seu
poder de cura não apenas no tratamento presencial do paciente, mas também no
tratamento a distância, pois que as ondas transmitidas terão uma qualidade bem
maior. É uma pena que poucos conhecem as propriedades dessa glândula, mas é uma
questão de tempo, pois chegará uma época em que o seu uso será tão comum quanto
os telefones celulares que vocês usam hoje e que, quando eu estava encarnado,
não existiam.
Até para ler exames de imagens as suas vistas se abrem mais.
Uma ressonância magnética feita a 1 tesla, são vistas como se fosse a 1,5 tesla.
Mais ou menos isto.
LOURDES – Aqui na nossa casa eu conheço alguns médicos, e
médicas também, que freqüentam a casa, mas só como freqüentadores mesmo,
assistem palestras, tomam passes e tudo; mas participar dos trabalhos,
principalmente a mediúnica, não tem nenhum. E como fica a qualidade do nosso
trabalho de cura, então, sem contar com nenhum médico médium?
ALFREDO – Eu
não lhes disse que seja necessária a participação de um médico médium para a
realização de um trabalho de cura no centro espírita, apenas passei informações
sobre o que significa ter um médico médium e o quanto ele pode beneficiar-se,
beneficiando aos outros. Falei que quando o médium é médico, o espírito, também
médico, divide os conhecimentos e que este recorre a aplicar apenas os seus
conhecimentos quando falta ao médium o conhecimento da Medicina.
O
indispensável pré-requisito aqui é o Amor, o desejo de servir, o prazer de fazer
o bem ao semelhante. Mas falo em Amor com A maiúsculo, amor de sentimento puro,
amor real e verdadeiro.
JARBAS – Alfredo. Você falou em benefícios
profissionais e pessoais. Pelo que eu entendi, disse que o médico vindo
trabalhar na tarefa de cura, na casa espírita, ele pode ter vantagens
profissionais. A doutrina recomenda que não devemos envolver o Espiritismo com
vantagens pessoais. Será que eu entendi certo?
ALFREDO – Você entendeu certo,
porque foi isto mesmo que eu disse. A doutrina espírita nunca foi contra o
desenvolvimento pessoal das pessoas, nunca foi omissa nem indiferente, em
relação a isto. Quem criou esse paradigma insensato em relação aos espíritas
foram pessoas do movimento espírita. Muito pelo contrário, por ser uma doutrina
de Amor, Justiça e Coerência ela quer ver as pessoas felizes e não pode ser
contra o sucesso de ninguém.
Repito que os espíritos desencarnados são as
mesmas pessoas que viveram na Terra, com todos os sentimentos, inclusive as
afinidades, disponibilizando-se a ajudar os seus amigos em tudo o que puderem,
até mesmo nas coisas de ordem material.
Se você tiver algum problema no seu
carro, Jarbas, pode pensar num amigo desencarnado que fora um bom mecânico,
porque isto não tem nada de encontro a doutrina, ele pode ajudá-lo e você
continuará a ser o mesmo espírita honesto e fiel que sempre foi.
NEUZINHA –
Você acha então que nós temos condições de começar a pensar na instalação de um
trabalho deste aqui em nossa casa?
ALFREDO – Começar a pensar não somente,
começar a agir na medida em que pensam, depois se preparem para as alegrias que
advirão a isto.
Encerro a nossa conversa da noite de hoje, agradeço mais uma
vez pelo carinho de vocês e boa noite a todos.
E assim mais um trabalho foi realizado, com a
presença do Alfredo Bastos. A recomendação da adoção das Obras Básicas,
completas, nos locais onde são realizadas reuniões com espíritos, a meu ver, foi
de uma grandeza enorme, posto que eu venho recomendando isto o tempo todo. Acho
que elas devem estar presentes, também, sempre perto dos auditórios onde são
realizadas palestras, para serem consultadas, caso algum dirigente venha a
afirmar ou ao menos insinuar que um expositor tenha falado coisas
anti-doutrinárias, quando o que ele disse são coisas que estão respaldadas por
Allan Kardec e muitas vezes a direção da casa ou o dirigente do trabalho não tem
conhecimento, dado as suas limitações.
Fica aí, então, para a análise e
conclusão de todos.
Abração
Alamar Régis Carvalho
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