O QUE SÃO OS ESPÍRITOS?
Não foi Allan Kardec
quem inventou os espíritos, sabe por que? Porque todos nós somos espíritos. O
espírito sobrevive à morte do corpo carnal, ou seja, tanto os vivos (encarnados)
quanto os mortos (desencarnados) são espíritos. Porém, normalmente, quando
falamos em “espíritos”, nos referimos aos “mortos”. Quando o espírito está
encarnado, dizemos que se trata de uma alma.
Se desde o início da história da
humanidade nós morremos – pois esta é uma lei que rege a vida aqui na Terra –
desde o princípio existem espíritos. É óbvio, não é?
Os fundamentos que
compõem a base da doutrina espírita – como a preexistência e sobrevivência da
alma e a reencarnação – foram transmitidos por espíritos através da mediunidade.
São universais, pois também podem ser encontrados em diversas religiões, em
várias épocas da humanidade.
Mediunidade é o potencial que toda pessoa tem
de servir como intermediária entre os espíritos e os homens. Todos a possuímos,
em maior ou menor grau, porém, designamos por médiuns aqueles que exercem essa
faculdade de forma ostensiva, o que não é comum. Portanto, nem todos os
espíritos que reencarnam estão preparados ou têm condições para exercerem a
mediunidade.
Os médiuns intuitivos e os inspirados são muito mais comuns. Mas
o que seriam estas modalidades mediúnicas? Vejamos o que diz Kardec, em O Livro
dos Médiuns, cap. XV, sobre os médiuns intuitivos: “A transmissão do pensamento
também se dá por meio do Espírito do médium, ou, melhor, de sua alma, pois que
por este nome designamos o Espírito encarnado. O Espírito livre, neste caso, não
atua sobre a mão, para fazê-la escrever; não a toma, não a guia. Atua sobre a
alma, com a qual se identifica. A alma, sob esse impulso, dirige a mão e esta
dirige o lápis. Notemos aqui uma coisa importante: é que o Espírito livre não se
substitui à alma, visto que não a pode deslocar. Domina-a, mau grado seu, e lhe
imprime a sua vontade. Em tal circunstância, o papel da alma não é o de inteira
passividade; ela recebe o pensamento do Espírito livre e o transmite. Nessa
situação, o médium tem consciência do que escreve, embora não exprima o seu
próprio pensamento. É o que se chama médium intuitivo.”
Já no caso dos
médiuns inspirados, Kardec explica: “Todo aquele que, tanto no estado normal,
como no de êxtase, recebe, pelo pensamento, comunicações estranhas às suas
ideias preconcebidas, pode ser incluído na categoria dos médiuns inspirados.
Estes, como se vê, formam uma variedade da mediunidade intuitiva, com a
diferença de que a intervenção de uma força oculta é aí muito menos sensível,
por isso que, ao inspirado, ainda é mais difícil distinguir o pensamento próprio
do que lhe é sugerido.”
Na época da codificação espírita, grandes
pesquisadores e cientistas, reconhecidos mundialmente, se propuseram a analisar
os fenômenos espíritas com o objetivo de ridicularizar o Espiritismo, porém,
conforme se aprofundavam em suas pesquisas, ficavam cada vez mais convencidos da
veracidade dos fatos. Apesar de hoje, as manifestações de efeitos físicos, para
análise, serem raras, não podemos perder o bom senso e a seriedade nos estudos;
nosso ambiente de investigação não é tanto o laboratório, mas, a própria
alma!
Artigo extraído da revista http://www.rcespiritismo.com.br
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