Antônio Valentim da Costa Magalhães*
-Senhora, compaixão! – a moça triste implora.
- Não merece perdão a mulher que se aluga!...
Acabarei contigo, infame sanguessuga!... –
Grita no espancamento a impassível senhora.
A vítima doente anseia, tomba e chora,
Tremendo, a soluçar, sob o pé que a subjuga...
Rompe-se um grande vaso... E o sangue rola em fuga.
A morte arranja o fim... Tudo é silêncio agora...
A ré que ninguém viu, como se nada houvera,
Continua a viver qual flor na primavera,
Mas a Lei vigilante assinala-lhe a trilha.
E antes que a dama nobre em remorsos se adentre,
A alma da moça triste acolhe-se-lhe ao ventre
E ela estende-lhe o seio, enlaçando-a por filha...
(*) Romancista, poeta, crítico literário, teatrólogo, contista e jornalista. Bacharel pela Faculdade de Direito de S. Paulo, Valentim Magalhães advogou durante anos no Ri de Janeiro, onde foi professor de Português e, depois, de Pedagogia na Escola Normal. Diretor-fundador do celebre jornal literário – A Semana – e membro fundador da Academia Brasileira de Letras, o suave poeta de Rimário exerceu poderosa influência nos meios culturais do Pais. Colaborou em diversos diários importantes do Rio e de S. Paulo. Segundo Péricles Eugênio da Silva Ramos (Pan., III, pág. 29), foi VM um dos poetas mais representativos da poesia socialista. (Rio de Janeiro, GB, 16 de Janeiro de 1859 – Rio de Janeiro, GB, 17 de Maio de 1903.)
BIBLIOGRAFIA: Cantos e lutas; Rimário; Quadros e Contos; Horas Alegres; etc.
Livro: “Antologia dos Imortais” - Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
-Senhora, compaixão! – a moça triste implora.
- Não merece perdão a mulher que se aluga!...
Acabarei contigo, infame sanguessuga!... –
Grita no espancamento a impassível senhora.
A vítima doente anseia, tomba e chora,
Tremendo, a soluçar, sob o pé que a subjuga...
Rompe-se um grande vaso... E o sangue rola em fuga.
A morte arranja o fim... Tudo é silêncio agora...
A ré que ninguém viu, como se nada houvera,
Continua a viver qual flor na primavera,
Mas a Lei vigilante assinala-lhe a trilha.
E antes que a dama nobre em remorsos se adentre,
A alma da moça triste acolhe-se-lhe ao ventre
E ela estende-lhe o seio, enlaçando-a por filha...
(*) Romancista, poeta, crítico literário, teatrólogo, contista e jornalista. Bacharel pela Faculdade de Direito de S. Paulo, Valentim Magalhães advogou durante anos no Ri de Janeiro, onde foi professor de Português e, depois, de Pedagogia na Escola Normal. Diretor-fundador do celebre jornal literário – A Semana – e membro fundador da Academia Brasileira de Letras, o suave poeta de Rimário exerceu poderosa influência nos meios culturais do Pais. Colaborou em diversos diários importantes do Rio e de S. Paulo. Segundo Péricles Eugênio da Silva Ramos (Pan., III, pág. 29), foi VM um dos poetas mais representativos da poesia socialista. (Rio de Janeiro, GB, 16 de Janeiro de 1859 – Rio de Janeiro, GB, 17 de Maio de 1903.)
BIBLIOGRAFIA: Cantos e lutas; Rimário; Quadros e Contos; Horas Alegres; etc.
Livro: “Antologia dos Imortais” - Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
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