24.1.20

A divulgação e o raciocínio Espírita


O que leva certos espíritas serem contra a divulgação?
A mascarada e insensata mania de querer parecer aos outros que o Espiritismo é uma coisinha pequena, simplezinha, humildezinha e bem insignificante.
Tenho observado que muita gente se apega demais ao estilo demonstrado pelo Chico Xavier, quando se dizia insignificante, que nada mais era que uma pequena folhinha de grama, num gramado, e que um animal poderia chegar e consumir aquela grama, que de uma hora para outra deixaria de existir.
O Chico não se valorizava mesmo e até se dizia uma besta espírita, todo mundo sabe disto.
Todavia há um detalhe aí que a inteligência limitada, e muitas vezes até atrofiada, de alguns não consegue levar em consideração:
Alguém, que conviveu com o Chico, no tempo em que ele dizia essas coisas, poderia ter feito, a ele, a seguinte pergunta:
- "Chico, você se diz um simples cisco e, portanto, uma insignificância. Essa insignificância que você diz ser, é em relação a quê?"
Se observarmos uma montanha, ou uma pedra, de mais de 300 metros de altura, como é o caso do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, vamos achar aquela pedra enorme e gigantesca, não é verdade?
Todavia, se formos analisar o tamanho daquela pedra, em relação ao planeta Terra, aí teremos que dizer que ela é uma coisinha insignificante. Se a análise for em relação ao sistema solar, ela será menor que um simples grão de areia; se for em relação à Via Láctea, ela deixa de existir, não significará absolutamente nada, assim como o próprio Rio de Janeiro não significará nada e nem o "gigantesco" planeta Terra aparecerá na foto. Veja nesta foto aí abaixo, que o sistema solar é uma simples bolinha amarela, lá embaixo.
É aí que peço para que os espíritas, que não tem cérebros adormecidos, raciocinem e questionem:
O Chico Xavier se dizia um simples cisco em relação a quê?
Ao homem comum? Claro que não era. A não ser que sejamos hipócritas e bestas demais para concluirmos que era.
Como é que alguém, que tem alguma massa encefálica, pode querer acreditar ser verdade que Chico Xavier seria insignificância, em relação ao homem comum, diante de tudo o que ele produziu, coisas que normalmente homem comum nenhum é capaz de fazer?
Então, seria conveniente e até inteligente que determinados espíritas parassem com essa besteira e essa bobagem de querer emprestar uma qualificação de pequenez, de insignificância e de coisa simplezinha ao Espiritismo, porque isto, além de ser um tremendo desrespeito para com a doutrina, é também uma grande palhaçada.
Achar que os eventos espíritas têm que ser realizados, sempre, em ambientes desconfortáveis, sem muita luz, sem brilho, com as cadeiras mais simples que existem, com o equipamento de som mais vagabundo que existe, enchendo a plateia de gente com vestimentas pobres, aparências pobres e semblantes pobres, nada mais é que a expressão do ridículo e do estelionato em relação à nossa doutrina.
Allan Kardec nos chama a atenção muito bem, em relação a isto, quando responde a um desses pseudo humildes e bonzinhos de araque, do seu tempo, de forma direta quando diz que uma proposta de ter que vender os livros espíritas bem baratinho, abaixo do preço de mercado, para ostentar humildade, é um desrespeito à doutrina, uma desvalorização do Espiritismo e também postura ridícula.
Não é só o Alamar que qualifica certos comportamentos como ridículos não, o próprio Kardec, também, utilizou-se da expressão RIDÍCULOS, diversas vezes. Quem quiser que examine, criteriosa e atentamente toda a obra básica e, inclusive, a Revista Espírita.
Uai, estaria ele também utilizando-se de linguajar chulo? 
A divulgação da doutrina é necessária, sim, é questão de urgência e necessidade de pronto socorro espiritual para o Brasil e o Mundo.
Emmanuel não estava errado, quando disse que a divulgação da doutrina é a MAIOR Caridade que podemos fazer em relação à Doutrina; Kardec não estava errado, tanto que pediu e apelou, inúmeras vezes, para que os espíritas investissem na divulgação da doutrina e nem Jesus estava errado quando ensinou que a Luz deve ser colocada no velador e não deixada sob o alqueire!
Como é que aparecem espíritas pra dizerem que o Espiritismo não precisa de divulgação?
Vejam o detalhe do Emmanuel, por exemplo: Ele não disse que a divulgação é também uma forma de Caridade, ele disse que é a MAIOR Caridade!!!!
É preciso eu dizer, para essas "notáveis" figuras, o que significa a palavra MAIOR?
Isto quer dizer que a divulgação é a mais importante de todas as Caridades, inclusive a de dar sopa pra pobre, a de dar roupinhas velhas pra pobres, de destinar dinheiros pra creches e tudo.
Vamos divulgar, gente, vamos falar do Espiritismo para o grande público, utilizando-nos de todos os meios de comunicação de massa, realizando eventos, o máximo possível, com bom gosto, com boa apresentação e com um trato, do jeito que a nossa doutrina merece.
Queiram ou não, a divulgação da Doutrina é algo fantástico, que esclarece, ilumina e consola muita gente.
Acredite nisto, porque não há dinheiro que pague a alegria que você tem, por possuir um patrimônio deste.
E viva a NOVA FASE DO ESPIRITISMO.
Para a apreciação de todos.
Carinhosamente. 

Alamar Régis Carvalho (Saudades do amigo que não tinha papas na língua)

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