Limitado na paralisia ou algemado à dor,
medita na urgente necessidade de reformulação de conceitos sobre a vida e
renova-te.
Amputado emocionalmente pela perda de um
ser querido, que se transferiu para a vida espiritual, reflexiona sobre a
transitoriedade do corpo somático e aprimora-te, interiormente, com os olhos
postos no futuro.
Ferido nos sentimentos profundos pelo
aguilhão dos desafetos que não supunhas existissem, considera a oportunidade
para fazeres uma avaliação em torno do teu comportamento e exercita a paciência
com o perdão das ofensas.
Tombado na armadilha hábil e rude da
ingratidão de qualquer natureza, verifica o teu estado interior e altera a
situação deprimente, transferindo-te da amargura para a beneficência geral.
Amarfanhado pelos golpes da enfermidade,
aprofunda a mente nas cogitações em torno das causas dos sofrimentos e dirige
os pensamentos no rumo do amor operante.
Sob a conjuntura da dificuldade financeira,
ou do aparente fracasso social, ou da solidão, ou experimentando os cravos
fincados de outras dores morais no cerne da alma, procura descobrir que toda e
qualquer aflição, é processo de cobrança que chega ao tribunal da consciência,
impondo reparação.
*
Nunca te consideres infeliz.
Infelicidade é o desconhecimento da justiça
divina, com permanência na rebeldia...
Nas injunções difíceis o espírito cresce,
porque se libera dos problemas que amealhou e pediu para solucioná-los,
mediante as técnicas dolorosas da recuperação moral...
A ignorância, porém, no seu processo de
aliciamento de vítimas inermes, conduz muitas criaturas que parecem felizes, em
pleno triunfo - desfilando no carro do prazer e exibindo a força da insensatez,
quando não da arbitrariedade -, e não ditosas...
Não as invejes.
Já
trilhastes por caminhos semelhantes, equívocos, e agora recomeças em condição
diferente.
*
Na celeridade com que passam, na vida, as
manifestações orgânicas libertar-te-ão, com rapidez, das dores e opressões,
bendizendo as láureas que lograste, no testemunho das conjunturas difíceis.
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