– ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER
Neste capítulo, conta André
Luiz que o esposo de Margarida, Gabriel, talvez em ato de desespero, e não de
crença, delibera levá-la para uma consulta “com afamado professor de ciências
psíquicas” – em suma, com um “profissional” de assuntos relacionados ao
psiquismo.
Gúbio demonstrou profundo
desagrado – ele entendia que a providência apenas seria profícua “através de
autoridade diferente no assunto”... André, neste parágrafo, uma vez mais,
coloca em destaque o livre arbítrio dos homens, sobre o qual, mesmo com o
propósito de auxílio, os Espíritos Amigos quase nada podem fazer.
- Fazer psiquismo – falou-me o Instrutor, em
voz quase imperceptível – é atividade comum, tão comum quanto qualquer outra. O
essencial é desenvolver trabalho santificante.
A advertência de Gúbio é
atualíssima, de vez que, infelizmente, nos dias que correm, são muitos os
médiuns que, se dizem espíritas que tangenciam a leviandade – completamente
fascinados, muitos estão chegando mesmo a comercializar os seus dons!...
*
Todos estavam lá no vasto
salão de espera do psiquista, inclusive Saldanha, o líder da falange de
obsessores.
André teve a sua atenção
chamada para um cavalheiro de idade madura, vampirizado por várias “formas
ovóides”, “aderindo-lhe à organização perispirítica”.
Gúbio comentou em voz baixa:
- Vejamos a que calamidades
fisiológicas podem os distúrbios da mente conduzir um homem. Temos sob nosso
olhar um investigador da polícia em graves perturbações. Não soube deter o
bastão da responsabilidade. Dele abusou para humilhar e ferir. Durante alguns
anos, conseguiu manter o remorso à distância; todavia, cada pensamento de
indignação das vítimas passou a circular-lhe na atmosfera psíquica, esperando
ensejo de fazer-se sentir.
(...) Este amigo, no fundo,
está perseguido por si mesmo, atormentado pelo que fez e pelo que tem sido. Só
a extrema modificação mental para o bem poderá conservá-lo no vaso físico...
Realmente, com o tempo, o
sentimento de culpa, o remorso, o arrependimento, enfim, a consciência em
conflito termina por incidir negativamente sobre os corpos perispiritual e
físico, podendo, inclusive, decretar a desencarnação precoce da criatura –
antes, porém, ocasiona-lhe inúmeras torturas, através de doenças prolongadas e,
não raro, mutilantes, com parte do seu próprio corpo sendo “arrancadas”,
digamos, sem necessidade, em atos cirúrgicos.
(Uma vez mais, solicitamos
permissão aos nossos internautas para indicar-lhes, de nossa lavra espiritual,
a obra “Obsessão e Cura”.)
*
Em seguida, André, na
companhia de Gúbio, aproxima-se de uma senhora com uma jovem, que estava sendo
perturbada por dois espíritos de aspecto sinistro – deveriam ser avó e neta.
- (...) A jovem, que proferia
disparates, não falava por si. Fios tênues de energia magnética ligavam-lhe o
cérebro à cabeça do irmão infeliz que se lhe mantinha à esquerda. Achava-se
absolutamente controlada pelos pensamentos dele, à maneira de magnetizado e
magnetizador. A doente ria sem propósito e conversava a esmo, reportando-se a
projetos de vingança, com todas as características de idiotia e inconsciência.
Imaginemos, irmãos e irmãs,
como deve ser o cenário espiritual de muitos dos consultórios médicos em que
vários pacientes são vítimas de doenças-fantasmas, sem que, infelizmente, a
grande maioria dos profissionais consultados consiga atinar com a verdadeira
origem de seus incômodos – por ignorância, por preconceito, por falta de
sensibilidade, enfim, por ausência quase total de espiritualidade.
A jovem obsidiada, em vida
pretérita, desencaminhara o esposo e o cunhado – o primeiro cometera suicídio,
e o segundo asilara-se “no fundo vale da loucura”.
MEU DEUS, OS DRAMAS
HUMANOS!...
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade
na Internet
Uberaba – MG, 16 de junho de
2019.
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