Gúbio, codinome de alto
Instrutor da Vida Espiritual, ainda esclarece:
“Nossa mente é uma entidade
colocada entre forças inferiores e superiores, com objetivos de
aperfeiçoamento.
(...) O espírito encarnado
sofre a influenciação inferior, através das regiões em que se situam o sexo e o
estômago e recebe os estímulos superiores, ainda mesmo procedentes de almas não
sublimadas, através do coração e do cérebro”.
Notemos que o ser encarnado,
quanto o desencarnado, que ainda não alcançou patamares evolutivos mais altos,
vive, no presente, entre o passado e o futuro – o hoje vive entre o ontem e o
amanhã.
Através dos “chakras”, ou
“centros de força”, considerados inferiores, o Básico e o Esplênico, e os
superiores, o Coronário, o Frontal e o Cardíaco, o homem, ou seja, o espírito
se divide entre apelos que o “puxam para baixo”, e outros que o “puxam para
cima”...
Imaginemos uma árvore que,
pela sua raiz fincada no solo, recebe influencias do centro da Terra, e pela
sua copa, lançada às alturas, recebe influencias do Cosmos – do magma que é
sinônimo de morte, e da claridade solar que se traduz em vida.
*
Afirma Gúbio, estendendo o
seu raciocínio:
“Quando a criatura busca
manejar a própria vontade, escolhe a companhia que prefere e lança-se no
caminho que deseja.”
Eis a questão do livre
arbítrio, que vai se acentuando quanto mais o espírito cresce, para, depois,
anular-se completamente, com a sua vontade se submetendo à Vontade do Criador.
Jesus ensinava: “Não busco a
minha vontade, mas a Vontade do Pai que me enviou”.
Sob a ação do Determinismo,
acatado inconscientemente, o ser evolui, adquire o livre arbítrio, que vai se
desenvolvendo, para, posteriormente, voltar a ser Determinismo, mas com
lucidez.
*
Anotamos, assim, que, no uso
de seu livre arbítrio, o ser pode levar indefinido tempo no processo de sua
maturação psíquica. Metaforicamente, ele pode ficar vagando entre os seus
“chakras” inferiores e superiores, por vezes, estacionando por séculos no
“Laríngeo”, quando o homem costuma ser mais “garganta”, ou seja, mais palavra
que ação – ou se refestelando no “Solar”, como alguém que vai a praia apenas
para expor-se ao Sol, e não para refletir na transcendência do mar.
*
Gúbio, continuando a
ponderar, elucida com sabedoria:
“Atitudes mentais enraizadas
não se modificam facilmente”.
Para que elas se modifiquem,
ou comecem a se modificar, muitas vezes, necessitam do concurso da dor...
Assim como a paisagem
terrestre, que não se modifica sem que sofra a ação de fortes “sacudidas”, o
espírito para se transformar carece de experimentar “terremotos” em seu mundo
íntimo, no soterramento de seus egos...
É quando, então, o sofrimento
surge para cumprir com a sua parte no processo da Criação Divina – somente o
sofrimento pode “desalojar” o espírito do comodismo em que ele estaciona, com
os seus equívocos e ilusões.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade
na Internet
Uberaba – MG, 20 de agosto de
2018.
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