XIV – REFLEXÕS SOBRE O LIVRO
“LIBERTAÇÃO” – ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER
Gúbio, prosseguindo a
discorrer sobre o processo da Evolução, considera:
“Educação para a eternidade
não se circunscreve à ilustração superficial de que um homem comum se reveste,
sentando-se, por alguns anos, num banco de universidade – é obra de paciência
nos séculos.”
Realmente, a Evolução do
espírito, com a fixação definitiva de valores ético-intelectuais, é trabalho
para os séculos, e não realizado apenas sobre a Terra. Não podemos nos iludir
com conquistas espirituais aparentemente efetuadas. O espírito há de ser
testado de todas as maneiras – assim como, ao ser levado ao cadinho
esfogueante, o aço deve sofrer sob o capricho do martelo, que, a pouco e pouco,
lhe confere forma e consistência.
Muitas vezes – e muitas vezes
–, o espírito reencarna em meio completamente inóspito, a fim de que tenha
oportunidade de desenvolver certas qualidades, que, de outra maneira, não
desenvolveria.
Muitos espíritos – é bom que
se saiba – reencarnam de maneira completamente aleatória, ou seja,
“aproveitando” o primeiro corpo ao qual consigam se ajustar – nada, porém, que
não seja referendado pela Lei de Causa e Efeito, porque semelhante Lei,
sobretudo, é de educação, e o espírito, onde estiver, caso o queira, consegue
aprender sempre.
Poucos são os espíritos que
podem “escolher” onde reencarnar, como reencarnar e junto a quem reencarnar –
não é assim que funciona.
Daí a necessidade de
angariarmos méritos, para que tais méritos, quanto possível, nos “advoguem” a
causa, mesmo quando estejamos nós outros em estado de inconsciência.
Alguns espíritos, ou muitos,
ou centenas, ou milhares, assim que deixam o corpo carnal, permanecem na orbita
das mentes encarnadas, volitando na psicosfera do planeta, e, sem que se deem
conta, são “atraídos” para um novo corpo em formação – e, não raro, pode ser
corpo masculino, ou feminino, descendendo dessa ou daquela raça.
*
Gúbio, continuando a preciosa
peroração, acrescenta:
“Para quem anestesiou as
faculdades no prazer fugitivo, a separação da carne geralmente constitui acesso
a doloroso estágio na incompreensão.”
Na incompreensão de tudo,
mas, principalmente, da Vida que continua...
Para milhares de espíritos, o
único ponto de referência é, e, durante muito tempo, continuará sendo a Terra.
Gúbio ainda fala do perigo
que pode representar viver no Mundo Espiritual sem qualquer respaldo de lucidez
e/ou de ordem moral, pois, os que não os possuem, podem cair nas mãos de
“loucos perigosos” – quantas crianças e adolescentes caem, na Terra, nas mãos
de “loucos perigosos”, que os viciam, corrompem, escravizam, etc?!
“Loucos perigosos, por
voluntários, dirigidos por inteligências soberanas, especializadas em
dominação, constituem hordas terríveis que, a bem dizer, vigiam as saídas das
esferas inferiores em todas as direções.”
E, ante o espanto de André
Luiz, elucida:
“... o Senhor do Universo aperfeiçoa o caráter
dos filhos transviados de Sua Casa, usando corações endurecidos,
temporariamente, afastados de Sua Obra. Nem sempre o melhor juiz pode ser o
homem mais doce.”
*
Reencarnar, portanto, para
milhares de espíritos continua sendo quase uma “aventura”, na qual o espírito,
com a finalidade de acordar, se arrisca na carne.
Dentro, porém, da situação a
que se veja conduzido, o espírito deve procurar fazer o melhor, pois, é com
base nesse melhor realizado que, a pouco e pouco, ele logrará a posse de si
mesmo – posse que, infelizmente, poucos espíritos já conquistaram.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade
na Internet
Uberaba – MG, 27 de agosto de
2018
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