105 –O fato de um guia espiritual receitar para
determinado enfermo, é sinal infalível de que o doente terá de curar-se?
-O
guia espiritual é também um irmão e um amigo, que nunca ferirá as vossas mais
queridas esperanças.
Aconselhando o uso de uma substância medicamentosa,
alvitrando essa ou aquela providência, ele cooperará para as melhoras de um
enfermo e, se possível, para o pleno restabelecimento de sua saúde física, mas
não poderá modificar a lei das provações ou os desígnios supremos dos planos
superiores, na hipótese da desencarnação, porque, dentro da Lei, somente Deus,
seu Criador, pode dispensar.
106 –A eutanásia é um bem, nos casos de moléstia
incurável?
-O homem não tem o direito de praticar a eutanásia, em caso algum,
ainda que a mesma seja a demonstração aparente de medida benfazeja.
A agonia
prolongada pode ter finalidade preciosa para a alma e a moléstia incurável pode
ser um bem como a única válvula de escoamento das imperfeições do Espírito da
vida imortal. Além do mais, os desígnios divinos são insondáveis e a ciência
precária dos homens não pode decidir nos problemas transcendentes das
necessidades do Espírito.
107 –Um hospital espírita tem utilidade para a
família espírita?
-A fundação de um hospital, em cujos processos de
tratamento estejam vivos os princípios do Espiritismo evangélico, constitui
realização generosa, na melhor exaltação dos ensinos consoladores dos
mensageiros celestiais.
As edificações dessa natureza, todavia, exigem o
máximo de renúncia por parte dos que as patrocinem, porquanto, dentro delas o
médico do mundo é compelido a esquecer os títulos acadêmicos, para ser um dos
mais legítimos missionários dAquele Médico das Almas que curou os cegos e os
leprosos, os tristes e os endemoninhados, exemplificando o amor e a humildade na
entrosagem de todos os serviços pelo bem dos semelhantes.
Um hospital
espírita deve ser um lar de Jesus.
Seu aparelhamento é uma maquinaria divina,
exigindo idênticas superioridade nos operários chamados a movimentar-lhe as
peças, de modo a que se não deturpe a grandeza profunda dos
fins.
Da obra “O Consolador” – Espírito: Emmanuel –
Médium: Francisco Cândido Xavier
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