As desgraças do mundo não podem
ser encaradas com o pessimismo que normalmente são acolhidas. No cerne delas,
há, na realidade, muita sabedoria divina e deve ser respeitada.
Os que os
homens chamam de desgraça, no mundo espiritual é conhecido como redenção.
Os
fatos que se sucedem na Terra têm a sua razão de ser, não ocorrem por acaso, há
uma explicação maior. Ao conhecê-la, vemos justeza em tudo.
Os cataclismos,
as secas, as chuvas torrenciais, e outras ações da natureza são decorrentes dos
desequilíbrios causados pelo próprio homem, então não há que atribuir a Deus a
sua manifestação. Lógico que tudo pode ser amenizado, seus danos podem ser
moderados, mas tudo obedece ao que se denomina de ação e reação. O que se planta
se colhe, simples assim.
Ao que me parece, os espíritos que atuam nos
fenômenos da natureza procuram manipular habilmente tais desequilíbrios de modo
a não danificar em proporção maior os estragos, mas, de maneira alguma, impedem
o seu acontecimento.
A estas tragédias somam-se, também, os fatos do dia a
dia que é obra unicamente da falta de prevenção humana.
Ora, se o homem
tivesse mais cuidado em evitar determinadas situações, logicamente que eles
deixariam de existir ou as circunstâncias de sua ocorrência seriam bem
menores.
Dia desses vi uma mãe a chorar pela morte de seu filho. Chorava sem
espaço para lamentações, era grande o seu sofrimento. Seu filho havia sido
sequestrado por traficantes de drogas que tiraram a vida física de seu filho. A
causa da morte não foi a ação dos ditos traficantes, mas o ato de consumir
drogas que levou o filho dela a se relacionar com “gente da pesada” que não
perdoa atrasos de pagamento ou débitos não pagos. Eliminaram a vida do filho
dela sem remorsos. A raiz, portanto, estava no ato de consumo de drogas e não no
traficante, embora em nada desabone aquela atitude medonha.
Este rápido
exemplo que dei serve para que todos possam remontar a verdadeira causa dos
infortúnios que passamos na vida. Dizer imediatamente que a causa era esta ou
aquela pode ser simplista para justificar, muitas vezes, o injustificável, e,
por favor, não coloque Deus nesta equação humana.
Cada um deve ter mais
responsabilidade com o que faz na vida, saber exatamente as consequências para
depois não se arrepender. Tomamos decisões irresponsáveis e não queremos que
nada nos aconteça.
Pense bem nas consequências do que faz e somente peça a
Deus aquilo que você deduza ser o melhor para sua vida, deixando para Ele a
decisão maior de cumprir ou não, de acordo com o que for melhor para seus
desígnios.
A esperança confiante é aquela que age em direção do bem,
portanto, faça a sua parte e receberá as bonanças, mas também esteja consciente
quando a adversidade bater a sua porta.
Fique com Deus!
Hélder
Câmara
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