17.1.22

NO SILÊNCIO DA PRECE

E - Cap. XXVII - Item 6
 
Em ti, no silêncio da prece mental, sem que tenhas necessidade de ver ou perceber, em sentido direto, o coração bate sem cessar na cadência admirável da vida.
Movimenta-se o sangue, por mil canalículos diversos.
Intestinos trabalham independentes de tua vontade sustentando-te a nutrição.
Pulmões arfam revolvendo o ar que te envolve.
Impulsos nervosos eletrizam-te a imensa população celular do cérebro.
Miríades e miríades de unidades de vida microscópica na concha da boca.
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Em torno de ti, no silêncio de tua prece, os átomos se agitam em vórtices intermináveis na estrutura material da roupa que te veste e dos sapatos que te calçam.
A eletricidade vibra esfuziante por quilômetros e quilômetros de fios, transformando-se, não longe de ti, em força, luz e calor.
Milhares de criaturas humanas num perímetro de algumas léguas em derredor, falam, cantam e choram sem que ouças.
Outros milhões de vozes em dezenas de idiomas, nas ondas hertzianas, entrecruzam-se à tua volta sem que as registres.
Raios sem conta chovem sobre ti sem que lhes assinales a presença.
Inúmeros fenômenos meteorológicos se sucedem em toda parte, sem que consigas relacioná-los.
O planeta faz giros velozes carregando-te, em paz e segurança, sem que tomes qualquer conhecimento disso.
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Igualmente, no silêncio de tua prece, acionas vasto mecanismo de auxílio e socorro na atmosfera que te rodeia, comparável a imenso laboratório invisível.
O teu influxo emocional dirige-se além de teus sentidos para onde te sintonizes, através de insondáveis elementos dinâmicos
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Não descreias da oração por não lhe marcares fisicamente os resultados imediatos.
O firmamento não é impassível porque te pareça mudo.
No silêncio de tua prece mental, podes expressar até mesmo com mais veemência do que num discurso de mil palavras, o hino vibrante do amor puro, a ecoar pelo Infinito, assimilando no âmago do ser a Divina Luz, que te sublimará todos os anseios e esperanças, na renovação do destino.
 
Livr:  “Opinião Espírita”, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz (cap 61)

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