24.1.22

Amor de Mãe

A expressão de amor de uma mãe é algo inigualável. Não existe, certamente, expressão mais genuína de Deus na terra do que o coração de uma mãe.
Deus, nosso Criador e Pai, se transveste de mãe no ato da criação. É como a nos dizer que a maternidade é coisa divina. Se os homens soubessem o que é o sentimento de uma mãe por um filho teria vontade rapidamente de ser mulher e mãe somente para sentir o que representa o divino em si.
Por que a mãe é a expressão divina na terra?
Simplesmente porque a mãe transborda para sua criação o que de mais importante existe na vida: o amor.
Gerar uma vida é, antes de qualquer consideração, um ato de amor.
Ali, naquele encontro carnal, se faz também o encontro de almas que, por muitíssimas razões, estão unidas no mesmo elo existencial.
Existe ato de amor mais grandioso que permitir-se gerar uma vida dentro de si? Trazer à luz um outro ser?
Este encontro de almas tende a ser eterno, ou seja, não se finaliza apenas na experiência presente, por isso, é comum dizer-se com muita sabedoria: mãe é para sempre.
Gerar vida traz consigo o compartilhamento de uma vida e ela se desdobra além do nascimento físico. As mães sentem a responsabilidade de conduzir suas crias para toda a existência física. É como elas se sentem – corresponsáveis pela vida de seus rebentos. E não vá dizer a uma mãe que ela deve deixar o seu filho crescer porque, aos seus olhos, ele será sempre uma criança – pura, indefesa, carente de seu afeto.
A beneficência das mães é algo para ser estudado pelos grandes cientistas da terra. Ela pensa no filho o tempo inteiro. Deseja o seu melhor. Sofre por ele. Sofre com ele. Deseja mesmo que ele seja feliz e ela não, até porque sabe, no íntimo, que sua felicidade depende diretamente da felicidade dele.
Assim são as mães – estes seres maravilhosos e inexplicáveis, somente compreensíveis porque representam a própria semente divina no planeta.
Há um fato ou acontecimento que destroem as mães por dentro e não poderia ser diferente.
Não, não é quando os filhos se casam e deixam a sua casa e proximidade, embora isso vai doer profundamente seus corações de mãe.
Não é também quando eventualmente seus filhos sofrem uma desilusão amorosa ou perdem seus empregos, apesar de sentirem como se isso fossem com elas.
A dor de uma mãe é ver seu rebento partir para não mais retornar.
É neste instante que um coração de mãe de dilui em mil pedaços. É como se ela fosse destruída por dentro. Um choque sem precedentes. Uma perda irreparável.
Não me venha com explicações de consolo ou o condicionamento superior daquela situação. É neste instante que ela se agarra com seu próprio amor pelo filho para poder sobreviver diante do afastamento inevitável.
Minha mãe voltou antes do que eu à pátria do espírito. Pois bem, quando “morri” foi ela quem foi me buscar e me acariciar no colo. Disse-me que não houve um dia sequer, mesmo depois de minha velhice, que não orasse por mim e pedisse ao Pai Celestial que vigiasse os meus dias. Coisa puramente de mãe.
O consolo de uma mãe é ver seu filho bem, mesmo que isto lhe corte o coração. E esta é a representação maior do amor na terra conforme Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou: “não há amor maior do que aquele que dá a sua própria vida pelo outro”. Isto é uma mãe!
Alguém que intuitivamente compreendeu os ensinamentos divinos e os internalizou no espírito.
De minha parte, como sempre faço e farei, agradeço a minha mãe querida por tudo que fez e ainda faz por mim, mas agradeço veemente a outra mãe que me conduziu até aqui: Mãe Maria.
Esta mulher que tive o prazer recente de conhecer me recebeu para uma audiência. Não me contive em lágrimas de tanta emoção e carinho. Como é espetacular o coração de uma mãe e ela, doce mãe de todos nós, me acalentou os pensamentos e sentimentos dizendo:
- Sua mãe sempre recorreu a mim por você, meu filho, por isso, nunca pude deixar de zelar por teus passos na terra. Um pedido de mãe para outra mãe nem se discute porque é sempre eivado do melhor sentido para o bem do filho. Fique em paz!
Mãe Maria e todas as mães do universo, nosso eterno agradecimento dos seus eternos e devedores filhos que, por mais que tentem recompensar o seu amor materno, ficarão sempre no descompasso de seus sentimentos nobres.
Ave Maria!
Ave todas as mães!
Hélder Câmara - Blog Novas Utopias. 

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