31.12.21

Nova Humanidade

A humanidade que nós conhecemos não é, de forma alguma, "feita à imagem e semelhança de Deus", a que se refere o Gênesis.
Ninguém pode ver no homem a coroa da creação - nesse animal bípede ligeiramente intelectualizado do pescoço para cima, cuja inteligência, alias, o tornou a mais perigosa das feras que habitam o nosso planeta.
A intelectualização do instinto fez do homem um monstro da ganância e agressividade, cujas garras e dentes se aperfeiçoaram em forma de metralhadoras, bombas atômicas e aviões de bombardeio; fez dele uma repugnante criatura de sexualismo desbragado e um inferno de doenças físicas e mentais, que nenhum animal selvagem conhece.
Verdade é que de longe em longe, aparece algum homem individual que lembra um reflexo da Divindade - mas esses homens esporádicos não representam 1%, nem sequer 1/1000% da humanidade total.
Devemos então admitir que as Potências Cósmicas falharam quando diziam "façamos o homem à nossa imagem e semelhança"?
Devemos supor que a tal serpente astuta tenha derrotado os Elohim?
E que tenha até frustrado a obra do Cristo Redentor, que parecia ter vindo para reintegrar a humanidade no seu grande destino?
"Deus creou o homem o menos possível, para que o homem se possa crear o mais possível".
Ao crear o homem, as Potências Cósmicas o dotaram de uma parcela da genialidade creadora da própria Divindade, para que ele, em virtude dessa creatividade, se pudesse fazer melhor e maior do que Deus o fez.
Nesta creação indireta se revelou o Creador maior do que em todas as suas creações diretas.
Todas as creações eram boas - muito boa, porém, é a creação do homem.
Na humanidade de hoje existe a imagem e semelhança de Deus, não atualmente, mas potencialmente.
Muito será necessário até que o "Filho do Homem" latente no "filho de mulher" apareça em sua gloria.
Os Elohim, que se servem das trevas para realçar a luz e repartem com o homem a sua creatividade, para que ele se faça maior do que eles o fizeram.
Livro: A Nova Humanidade - Huberto Rohden 

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