26.10.21

NA LUZ DO TRABALHO

G - Cap. XI - Item 28
Beneficência é também agradecer o trabalho alheio e caminhar construindo.
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Quando transites na estrada, lança um pensamento de gratidão aos que se feriram nas lajes para que a tivesses; fartando-te à mesa, lembra as dilacerações do lavrador tratou a semente para que o pão te regalasse; no lar, recorda os que te levantaram o agasalho doméstico, muitas vezes, à custa da própria vida; no simples copo de água que te aplaque a sede, podes meditar nos braços que se conjugaram, em múltiplas tarefas, a fim de que a recolhesses, pura, do filtro...
Em toda parte, inclina-se a vida, à frente de nós, amparando-nos, atenta, de modo a que aprendamos dela o dom de servir.
Não há fruto que apareça maduro.
Humilde molho de maravilhas que te garanta o lume exigiu laboriosa atividade da Criação.
Tudo o que existe de útil reclamou humildade, disciplina, constância, paciência.
A Sabedoria Divina tudo dispôs para que os grandes e os pequenos se entrelacem, na sustentação do bem eterno, conservando cada qual em seu nível de distinção.
O sol alimenta o verme. O verme abuda a terra.
A planta nutre o sábio. O sábio ergue a escola.
Por mais brilhe no firmamento, a estrela não faz o papel da flor que perfuma e o oceano imponente não substitui o regato, que canta ignorado nas entranhas da gleba, para que o vale se coroe de verdura.
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Tudo se esforça, junto de nós, para que a alegria nos sobeje, além do necessário.
Se já atingiste o discernimento iluminado pela convicção da imortalidade, possuis bastante acústica no raciocínio para assinalar o apelo constante da vida: trabalha, trabalha!...
Se já sabes que outros mundos se seguem a este mundo por degraus da evolução, não desconheces que o teu merecimento, aqui ou além, será medido por duas obras.
Não te dês, assim, ao logro do desânimo e nem te confies ao perigoso luxo de tédio.
Reflitamos nas forças do Universo, que nos servem infatigavelmente sem perguntar, e para que a beneficência se nos alteie, genuína, do coração, trabalhemos e trabalhemos.
Livro: “Opinião Espírita”, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz (cap. 50)

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