20.10.21

MEDIUNIDADE E MISTIFICAÇÃO

M - Questão 303
Compreendendo-se que na experiência humana exameiam espíritos desencarnados de todos os estalões, seja lícito comparar os médiuns, tão-somente médiuns, aos instrumentos de comunicação usados pelos homens, no trato com os próprios homens.
Médiuns de transporte.
Vejamos o guindaste que opera por muitos estivadores.
Tanto pode manejá-lo um chefe culto, quanto o subordinado irresponsável.
Médiuns falantes.
Observemos o aparelho de gravação.
O microfone que transmitiu mensagem edificante assinala com a mesma precisão um recado indesejável.
Médiuns escreventes.
Analisemos o apetrecho de escrita.
O mesmo lápis que atendeu à feitura de um poema serve à fixação de anedota infeliz.
Médiuns sonâmbulos.
Estudemos a hipnose.
Na orientação de um paciente, tanto consegue estar um magnetizador digno que o sugestiona para a verdade, quanto outro, de formação moral diferente, que o induza à paródia.
A força mediúnica, como acontece à energia elétrica, é neutra em si.
A produção mediúnica resulta sempre das companhias espirituais a que o médium se afeiçoe.
Evidentemente, o médium é chamado a garantir-se na sinceridade com que se conduza e na abnegação com que se entregue ao trabalho dos Bons Espíritos que, em nome do Senhor, se encarregam do bem de todos.
Em tais condições, nada pode o médium temer, em matéria de embustes, porque todos aqueles que se consagram e se sacrificam pelo bem dos semelhantes, jamais mistificam, por se resguardarem na tranqüilidade da consciência, convictos de que não lhes compete outra atitude senão a de perseverar no bem, acolhendo quaisquer embaraços por lições, a fim de aprenderem a servir ao bem com mais segurança, já que o merecimento do bem cabe ao Senhor e não a nós.
Fácil reconhecer, assim, que não se carece tanto de ação da mediunidade no Espiritismo, mas em toda parte e com qualquer pessoa, todos temos necessidade urgente do Espiritismo na ação da mediunidade.
 
Livro: “Opinião Espírita”, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz (cap. 49)

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