24.6.20

FAZER O MAL AO PRÓXIMO

Comentários Qustão 551
Do Livro dos Espíritos

Se um homem de má índole deseja fazer o mal ao seu próximo, claro está que Deus não permitirá que esse mal seja feito, pois existe a lei de Justiça criada por Ele, de forma a proteger as criaturas. O mal que o ser recebe, se entendes isso por mal, são lições necessárias para o seu adiantamento espiritual, capazes de libertar as criaturas, pois, é pelo sofrimento que reconhecemos o valor do bem.
Deus não permite que o ignorante faça o que bem entender. Se ele é ignorante, a sua liberdade de ação é pouca, as suas forças são inibidas por não saber usar suas qualidades. Somente o tempo poderá lhe conferir meios de se libertar, quando souber fazer bom uso das suas faculdades espirituais. No sentido mais profundo, o mal não existe. Quando o Senhor permite que alguém sofra é com finalidade de um aprendizado maior.
Tanto o homem mau, como os maus Espíritos, se reúnem sempre sem finalidade no que se refere ao amor, por desconhecer essa fonte divina. Eles pensam somente no mal, e desejam perseguir as pessoas de quem não gostam; no entanto, todos temos nossos protetores que nos cercam, temos a defesa natural, e as vibrações do mal voltam para sua origem. Assim, os que provocam desarmonia, com o tempo passam a se interessar pela harmonia, pela amizade, pela caridade e amor. Quem sofre as conseqüências do mal que pratica, não vai se interessar mais em fazê-lo de novo, principalmente sabendo que o bem nos tranqüiliza o coração.
Muitas das inquietações que sofremos são psicológicas e transitórias, passando com o tempo. Necessário se faz que aumentemos a nossa fé, compreendendo que Deus é Pai amoroso e que todos somos Seus filhos. Jesus é a expressão de Deus, traçando para nós todos os caminhos para a nossa paz. Ele deixou para a humanidade o Evangelho divino, método esse que nos educa e instrui, nos capacitando para as lutas maiores, que são aquelas internas.
Devemos fazer uma cirurgia moral. Se estamos enfermos há muito tempo, somente existe um remédio que nos cura: o amor; e o médico dessas enfermidades somos nós mesmos. Enquanto ficarmos dependentes de coisas e de companheiros para a nossa cura, ela demora a se realizar. Ninguém é culpado dos nossos infortúnios, ninguém nos faz mal, e, indo mais além, ninguém nos faz o bem. Se és caridoso, quem recebe a caridade és tu mesmo, que a fazes; se amas a todos, quem recebe esse amor na profundidade do termo és tu mesmo, que amas. Assim evidencia-se o valor da retidão em todos os sentidos.
Enquanto estás fazendo o mal ocultamente, para prejudicar os outros, esse mal está te atingindo. Se intentas destruir os outros, estás destruindo a ti mesmo, e complicando os teus próprios passos. Ninguém engana as leis de justiça e de amor. Pensa no bem, que o bem nascerá em ti. Fala corretamente, que a palavra de luz te iluminará. Escreve, se tens esse dom, sobre a fraternidade, que ela te libertará de todas as contingências do mal. Quando alguém, para te assustar, disser que vai te fazer o mal, ora por ele, porque em troca das trevas que ele possa lançar em tua direção, receberá a luz com o que teu amor responde, e ele, neste clima de amizade, poderá acordar para as leis de amor e caridade.

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