– EXPIAÇÃO E
PROVA COLETIVAS
Não há como negar. O surto do
denominado “Coronavírus”, que, nos dias atuais, flagela a Humanidade encarnada,
faz parte do contexto das expiações e das provas coletivas que o espírito em
evolução necessita facear na Terra.
Induzindo, assim, muitos
espíritos ao resgate parcial de suas faltas pregressas, enseja, ao mesmo tempo,
que muitos outros se entreguem à maior solidariedade, no indispensável combate
ao egoísmo – o vício de maior virulência que, em todos os tempos, acomete o
espírito na senda do aperfeiçoamento.
Não obstante, o
“Coronavírus”, infelizmente, sem ser o maior, é apenas mais um dos flagelos
que, periodicamente, assolam a Humanidade, com o intuito de fazê-la avançar,
tanto do ponto de vista individual quanto coletivo.
Em “O Livro dos Espíritos”,
na questão de número 737, Kardec indaga: - Com que fim Deus castiga a
Humanidade com flagelos destruidores? Resposta: - Para fazê-la avançar mais
depressa. Não dissemos que a destruição é necessária para a regeneração moral
dos espíritos, que adquirem em cada nova existência um novo grau de perfeição?
É necessário ver o fim, para se apreciar os resultados. Não julgais essas
coisas senão do vosso ponto de vista pessoal, e as chamais flagelos por causa
dos prejuízos que vos causam, mas esses transtornos são frequentemente
necessários, para fazerem que as coisas cheguem mais prontamente a uma ordem
melhor, realizando-se em alguns anos o que necessitaria de muitos séculos.
Convém, porém, acrescentemos
que o aproveitamento espiritual – moral e intelectual – de tais dificuldades é
extremamente variável de pessoa para pessoa, de vez que muitos espíritos
continuarão a necessitar de outras provações a fim de serem tocados em seu
íntimo, deixando de viver no estado de exclusivismo social a que se entregam,
incluindo a sua quase completa descrença concernente à existência de Deus e a
imortalidade.
Assim, sem desejar que a
nossa palavra, neste momento de aflição, soe com pessimismo aos ouvidos de
nossos irmãos na carne, não podemos deixar de consignar que, certamente, outros
“estímulos” providenciais da Lei Divina haverão de surgir, nunca com o
propósito de punir, mas sempre com o de educar.
Aqueles que, indevidamente,
se valerem das atuais circunstâncias de dor que vários países do mundo estão
experimentando, certamente estarão agravando as suas faltas, e, com mais força,
se candidatam ao expurgo planetário já em andamento.
Não olvidemos que todo e
qualquer obstáculo que somos chamados a enfrentar é uma avaliação pessoal com
que a Lei nos examina por dentro, a fim de que a própria Lei não tenha que nos
fornecer a menor explicação pelos reveses que, por nós mesmos, solicitamos
através de nossas escolhas e atitudes, no passado e no presente.
Assim como o maior incêndio,
espontaneamente ou não, termina por se extinguir, com as cinzas se
transformando em adubo natural para a reconstituição da floresta que dizimou,
que, no tempo, haverá de ressurgir renovada, esperamos que, passada a crise de
saúde pública que, nos dias que correm, se generaliza, os homens consigam rever
os valores éticos que a desencadearam e, em relação ao futuro, se previnam,
para que algo pior não lhes venha a suceder, sem que, a respeito, haja
necessidade de se efetuar profecia alguma.
Irmão José/Carlos A. Baccelli
– BloMediunidade na Internet
Uberaba – MG, 19 de Março de
2020
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