4.3.19

XXXVII – REFLEXÕES SOBRE O LIVRO “LIBERTAÇÃO”


– ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER

Estudando sem pressa, qual convém se quer aprender, ainda no capítulo VI – “Observações e Novidades” – de “Libertação”, destacamos da palavra do Instrutor Gúbio:
“Pela densidade da mente, saturada de impulsos inferiores, não conseguem elevar-se e gravitam em derredor das paixões absorventes que por muitos anos elegeram em centro de interesses fundamentais.”
Possíveis deduções:
1 – Assim como o perispírito é causa para o corpo físico, o corpo mental é causa para o corpo perispiritual.
2 – O que determina a posição do espírito na escala evolutiva é a sua condição mental.
3 – A Lei da Gravidade funciona tanto para o corpo físico quanto para os diversos corpos espirituais, do mais denso ao mais sutil.
4 – Ao desencarnar, o endereço do espírito no vasto Condomínio Espiritual é o de seu grau de consciência.
5 – A rigor, ninguém “pede” para se elevar às Esferas Superiores – esse acontecimento se dá naturalmente, pois que não existe alguém cuidado de uma “cancela” no Mundo Espiritual, abrindo-a a alguns e cerrando-a a outras.
*
“Enriquecer a mente de conhecimentos novos, aperfeiçoar-lhe as faculdades de expressão, purificá-la nas correntes iluminativas do bem e engrandecê-la com a incorporação definitiva de princípios nobres é desenvolver nosso corpo glorioso, na expressão do apóstolo Paulo, estruturando-o em matéria sublimada e divina.”
Possíveis deduções:
1 – Semelhantes, embora, na aparência, nem todos os corpos físicos são iguais – em sua estrutura íntima cada qual possui certa característica que lhe permite uma existência mais ou menos saudável e, intelectualmente, ativa.
2 – Os corpos do espírito são suscetíveis de se aperfeiçoarem com as conquistas que ele efetue – tanto no campo intelectual e, principalmente, no campo moral. Notamos que, sobre a Terra, tal acontece, mormente com o corpo físico.
3 – O trabalho da perfeição é de dentro para fora, mas, também, pode funcionar de fora para dentro, dependendo das reações do espírito aos estímulos que receba.
4 – O perispírito, enfim, é a “túnica nupcial” à qual Jesus se refere em “A Parábola das Bodas” – o homem que entrara em palácio sem a “túnica nupcial”, por ordem do Rei, foi lançado para fora... O homem é o espírito, a “túnica nupcial” é a veste perispirítica, o Rei é a Lei. Aquele “penetra”, embora, por certo, estivesse bem “produzido”, não se trajava com uma veste da qualidade dos demais convidados... A condição íntima do espírito acaba por traí-lo exteriormente.
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“Imergimo-nos dentro dos fluidos carnais e deles nos libertamos, em vicioso vaivém, através de existências numerosas, até que acordemos a vida mental para expressões santificadoras.”
Possíveis deduções:
1 – O fenômeno da reencarnação, para a maioria, é um círculo vicioso, que pode durar por séculos e séculos, com pequeno, ou quase nenhum aproveitamento do espírito.
2 – Acordar “a vida mental” é tarefa de cada um, dentro de sua capacidade de maturação psíquica, no aproveitamento das lições cotidianas da existência.
3 – Existem espíritos – em grande número – que “dormem” em sua atual encarnação, sem que se deem ao trabalho de pensar, expandindo a sua capacidade de raciocinar com a Verdade e de se doar através da mínima atitude de amor aos semelhantes.
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Em síntese, afirma o Instrutor:
“Cada criatura nasce na Crosta da Terra para enriquecer-se através do serviço à coletividade. Sacrificar-se é superar-se, conquistando a vida maior.”
Dedução:
O maior adversário do espírito na tarefa da evolução chama-se “egoísmo”, em suas múltiplas formas de manifestação, até mesmo quando se caricatura de bondade.

INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 4 de março de 2019.

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