– ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER
No capítulo VII – “Quadro
Doloroso” –, André Luiz e Elói prosseguem estudando, através das elucidações de
Gúbio, a questão dos corpos “ovóides”. Notemos que já é o segundo capítulo do
livro que André, praticamente, dedica ao estudo dos espíritos que, no Mundo
Espiritual, “perderam” a forma humana, não sendo, pois, um registro eventual do
autor de “Libertação”.
*
Nos primeiros parágrafos do
referido capítulo, André se detém a descrever o cenário que tanto o
impressionara naquela “cidade estranha”:
- Aleijados de todos os
matizes, idiotas de máscaras variadas, homens e mulheres de fisionomia
torturada, iam e vinham. Ofereciam a perfeita impressão de alienados mentais.
Exceção de alguns que nos fixavam de olhar suspeitoso e cruel, com manifesta
expressão de maldade, a maior parte, a meu ver, situava-se entre a ignorância e
o primitivismo, entre a amnésia e o desespero.
André ainda diz que a cidade
apresentava-se em desmantelo, com “detritos a transparecerem de toda parte”, o
que leva o leitor a supor que tais entidades, inclusive, fizessem as suas
necessidades em plena rua – e que o lixo, igualmente, fosse abundante em quase
todos os lugares – a cidade, por assim dizer, era/é um “lixão” a céu aberto!...
Imaginemos, assim, as
condições sanitárias em que viviam, e vivem, a população da referida urbe,
contraindo as mais diversificadas moléstias em seu corpo espiritual. Não nos espantemos, porquanto sabemos que,
sobre a Terra, num país, por exemplo, como o Brasil, as condições sanitárias de
várias cidades ainda deixam muito a desejar. Inúmeras doenças entre os
encarnados são oriundas da falta de higiene e de limpeza nas casas e nos
logradouros públicos!...
*
Por mencionarmos o assunto,
segue outra questão aos nossos internautas:
- No Mundo Espiritual,
principalmente nas Dimensões mais próximas, o perispírito é passível de
contrair determinadas enfermidades, que passam a requerer tratamento médico
especializado no Além?!...
E, com a sua permissão, mais
outra:
- O carma... Esgotar-se-ia
para o espírito com a morte do corpo físico, no qual, não raro, ele costuma se
imprimir?!...
*
Sei não! Está faltando muito
estudo a respeito, não é?!... Mas, sigamos adiante.
*
André Luiz informa em
determinado parágrafo do capítulo em exame que “as mentes extraviadas, de modo
geral, lutam com ideias fixas, implacáveis e obcecantes, gastando muito tempo a
fim de se reajustarem.”
Ideias fixas – elas podem
perdurar séculos! Acontece de o espírito reencarnar inúmeras vezes, sem, no entanto,
conseguir a completa liberação dos pensamentos cristalizados, que, apenas
gradativamente, vão se desfazendo... Daí a necessidade do “choque biológico” do
fenômeno reencarnação/desencarnação/, que, para o espírito, não deixa de
funcionar quase como o chamado “eletrochoque”, ou eletroconvulsoterapia, método
terapêutico, sem dúvida, sujeito a muitas discussões acadêmicas, em cujo mérito
não entraremos agora.
*
André, um pouco adiante,
considera:
- Fossem poucos os
transeuntes infelizes e poder-se-ia pensar num serviço metódico de assistência
individual; mas, que dizer e uma cidade constituída por milhares de loucos
declarados?
A “cidade estranha” era uma
cidade de “zumbis”, sob o domínio de mentes cruéis que os mantinham em
cativeiro, que películas cinematográficas quase conseguem retratar com
perfeição na atualidade. Porém, caso não vivessem ali, onde é que haveriam de
viver?! Vagando por que caminhos, ou estradas?! O que haveriam de comer e beber?!
Ou será que tais entidades não carecem ter os seus envoltórios alimentados, e
de se protegerem das intempéries?!...
Chega de perguntas, não é?!
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade
na Internet
Uberaba – MG, 17 de março de
2019.
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