Questão nº155
Por muitas sejam as tuas
dores, repara o mundo em que a Divina Bondade te situa a existência e deixa que
a vida te renove a esperança.
Tudo é serviço por toda a
parte.
Apesar dos profetas do
pessimismo, bulcões ameaçadores transformam-se, na hora da tempestade, em lagos
volantes, acalentando a gleba sedenta; fontes de longo curso atravessam as
garras pontiagudas da rocha, convertendo-se em padrão de pureza; pântanos
drenados deitam messes de reconforto e árvores podadas multiplicam a produção.
Todas as energias que
sustentam a Terra esquecem todo o mal, buscando todo o bem.
Dir-se-ia que o próprio
Senhor criou a noite como exaustor das inquietações do dia, para que o homem,
cada manhã, consiga reaprender e recomeçar.
Colocado, assim, no trono da
razão, ante os elementos inferiores que te servem, humildes, olvida a sombra
para que a luz te favoreça.
Ouve a própria consciência,
seja qual for a idéia religiosa a que te filias, e perceberás que nasceste para
realizar o melhor.
E quem realiza o melhor
desconhece o que exprima ofensa ou descaridade, porque a ofensa é espinho da
ignorância e a descaridade é chaga da delinquência, que somente a educação e o
remédio conseguirão liquidar.
Tudo aquilo que desfrutas é
depósito santo.
Dotes de espírito e afeições
preciosas, autoridade e influência, títulos e haveres são talentos emprestados
que devolverás na hora prevista.
Desse modo, ainda mesmo que a
maioria te escarneça o propósito de bem fazer, perdoa sempre e faze o bem que
possas.
O tempo que traz hoje a
oportunidade presente será amanhã o portador do minuto necessário à grande
transição que a morte impõe sempre a justos e injustos... E, na grande
transição, o bem que houveres feito, muita vez superando sacrifícios e trevas,
ser-te-á o orvalho fecundante depois da nuvem, a água pura acrisolada na pedra,
o ramo virente a destacar-se do lodo e o fruto opimo a pender do tronco
dilacerado.
Segue, pois, ao clarão do
bem, para que o crepúsculo das forças físicas te descerra a senda estrelada.
Não digas que tens o lar à
feição de penitenciária, que te falta a compreensão alheia, que não dispões de
recursos para ajudar ou que sofres inibições invencíveis.
Recorda que, certo dia, um
anjo transfigurado em homem subiu agressivo monte, sentenciado à morte sem
culpa, mas, em razão de haver aceitado a cruz, por amor de todos, embora
desolado e sozinho, clareou para sempre a rota do mundo inteiro
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