ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER
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“Lembrando a ‘selva obscura’,
a que Alighieri se reporta no imortal poema, eu trazia o coração premido de
interrogativas inquietantes.
Aquelas árvores estranhas, de
frondes ressecadas, mas vivas, seriam almas convertidas em silenciosas
sentinelas de dor, qual a mulher de Lot, transformada simbolicamente em estátua
de sal? E aquelas grandes corujas diferentes, cujos olhos brilhavam
desagradavelmente nas sombras seriam homens desencarnados sob tremendo castigo
da forma? Quem chorava nos vales extensos de lama? criaturas que houvessem
vivido na Terra que recordávamos, ou duendes desconhecidos para nós?”
No texto acima, sem dúvida,
André Luiz nos leva a refletir nos fenômenos denominados zoantropia,
licantropia e cinantropia.
*
Chico Xavier contava que um filho sempre
costumava a espancar a mãe... Um dia, cansada de tanto dele apanhar, a mãe
começou a maldizer o filho, dizendo que as suas mãos ainda haveriam de secar...
Com o tempo, de fato, os braços do rapaz foram secando, assumindo a forma
retorcida dos galhos de árvores ressequidas ao Sol... E ele, o filho agressivo
– segundo Chico – haveria de renascer assim – com os braços e as mãos
retorcidos, à semelhança dos galhos mortos de uma árvore.
*
Até então – segundo o
impressionante relato do autor espiritual –, eles não se faziam notar pelos
grupos hostis com os quais se defrontavam...
“...indiferentes, incapazes
de registrar-nos a presença. Falavam em alta voz, em português degradado
(destacamos), mas inteligível, evidenciando, pelas gargalhadas, deploráveis
condições de ignorância. Apresentavam-se em trajes bisonhos e conduziam
apetrechos de lutar e ferir.”
Notemos: eles poderiam lutar
e ferir... Sim, em seus organismos perispirituais, os três amigos poderiam ser
feridos – recomendamos aqui, para maiores esclarecimentos, a leitura do livro
“O Rosário de Coral”, escrito pelo Dr.Wylm, editado pela FEB.
*
Gúbio, em seguida, fala com
André e Elói sobre a necessidade de se materializarem – na verdade,
auto-materilizarem-se!
“Finda a nossa transformação
transitória, seremos vistos por qualquer dos habitantes desta região menos
feliz.”
*
Então, eles passaram a inalar
“as substâncias espessas que pairavam em derredor, como se o ar fosse
constituído de fluidos viscosos.
Elói estirou-se, ofegante, e
não obstante experimentar, por minha vez, asfixiante opressão, busquei
padronizar atitudes pela conduta do Instrutor, que tolerava a metamorfose,
silencioso e palidíssimo.”
Percebamos que nem o próprio
Gúbio deixou de algo sofrer com a “metamorfose”...
*
Pelo exposto, podem os nossos
irmãos encarnados imaginar o sacrifício relativo a que se expõem os
desencarnados que sempre estão em contato com a Crosta...
Quando o contato é muito
longo, sem indispensáveis intervalos de refazimento, o corpo espiritual,
inclusive, pode ser afetado por doenças.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade
na Internet
Uberaba – MG, 15 de outubro
de 2018.
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