28.10.18

Onde Iremos Parar?


Deus meu! Pobres somos porque ainda não conseguimos refletir a Tua imagem plena em nós.
Somos imperfeitos e não conseguimos avaliar a Tua imensa grandeza. Como estamos atordoados, como não valorizamos a Ti como deveríamos, nos perdemos nos nossos próprios labirintos existenciais.
Agora mesmo, uma confusão se abate no nosso País. De um lado, defensores da ordem e da anticorrupção, de outro, partidários da democracia e dos direitos humanos. Lutas embrutecidas se agigantam por um pedaço de poder. Onde iremos parar?
A ordem que buscamos não será encontrada com gente nos presídios, apesar de muitas delas necessitarem da reclusão social. A ordem deve ser encontrada no íntimo de cada ser que já possui a habilidade de controlar os seus pendores para o mal.
A corrupção não está circunscrita aos partidos políticos, ao contrário, infelizmente ela se manifesta em todo aquele que não respeita o direito do próximo e falta com a lisura nos seus atos cotidianos.
A democracia, valor intrínseco dos que defendem a liberdade, é conquista diária e não tão-somente um encontro ocasional com as urnas, daí a falta de habilidade da nossa gente para discernir certos conceitos fundamentais.
O respeito aos direitos de cada cidadão somente se efetivará se primeiramente aumentarmos a preocupação em nos respeitarmos. Somente lutamos por aquilo que conseguimos visualizar ou sentir como importante.
As eleições são momentos onde se é testado o grau de consciência coletiva de um povo. O nosso, apesar do enorme progresso alcançado recentemente, demonstra fraqueza na defesa de princípios essenciais para o bem-viver, mas ele aprenderá, a duras penas, com sua invigilância.
Defendemos a paz, a liberdade de expressão, o bom entendimento entre as gentes, a compreensão uns dos outros, o respeito a diferença, valores inquestionavelmente mais sadios do que a desordem, a intolerância, a vingança e outros mais que diminuem o elo entre os povos, pois que arremetem à discórdia e a desunião.
Hoje, defendemos a humanidade. Ser humano é estar vigilante em ser bom, ético, melhor, pacificador, altruísta, e não se concebe nada disso sem o exercício consciente do voto.
Que a democracia vença esse embate.
Que o amor prevaleça nas relações.
Que sejamos protagonistas de um novo amanhã.

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

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