As preces dirigidas a Deus
são fortes quando saem do âmago do nosso coração, quando são urgidas na fé.
Quando elas representam apenas palavras ao vento ou pensamentos sem sentido e
direção, não conseguem repercutir em nada no plano da Criação.
O que hoje vemos no nosso
querido País é uma desilusão sem fim. Para aplacar esta dor da confiança não
correspondida lança-se mão do primeiro que oportunize levar a todos para a
salvação das garras do inimigo.
Será está a melhor solução
para se resolver um problema tão grave?
Não sei se pararam para
pensar se realmente estamos passando por uma crise porque foram os políticos
que a criaram ou fomos nós, como povo, que a alimentamos.
O período que se vive hoje é
de extrema gravidade porque chegamos a um ponto decisivo da história do planeta
e queremos ver resolvidos rapidamente os nossos problemas, mas o que deve ser
questionado é: qual a origem intrínseca dos problemas que vivenciamos?
Eu sei que a tendência
natural é dizer que este ou aquele é o responsável por isso. Em grande parte,
você tem razão, mas o que precisamos raciocinar é em torno do que nós podemos
fazer no dia a dia para ter uma cidade mais tranquila, mais limpa, mais
harmoniosa? O que depende afinal de nós para termos uma vida melhor?
Ao depositarmos as nossas
esperanças completamente em candidato A ou B estamos, na realidade,
transferindo a nossa responsabilidade de mudança individual. É claro que os
políticos possuem a sua cota de responsabilidade, no entanto, por causa disso,
não depositemos neles a única causa de toda essa desarrumação que está aí.
Eu perguntei certa vez a um
estudante o que ele faria para mudar o mundo. Ele me respondeu de uma maneira
simples, mas profundamente enfática:
- Fácil, Dom Hélder, basta
que cada um faça a sua parte.
Ele tinha razão, quanto ele
tinha razão...
Se cada um de nós no processo
político e na vida cotidiana cuidássemos mais daquilo que somos os responsáveis
é provável, muito provável, que estivéssemos em outra situação completamente
diferente da atual.
Isto é importante que seja
novamente dito para que não fujamos da responsabilidade pelas nossas decisões
presentes. Ao votar num candidato, você diz claramente que concorda com ele e
que apoia às suas iniciativas. Tudo bem que não podemos responder a vida inteira
pelo que um candidato fizer, porém, você está apostando as suas fichas nele.
A direção que você dá a seu
voto é muito importante. Lute para que aquela aposta se faça cumprir no dia a
dia de governo.
A democracia não tem nada
demais, basta apenas que a façamos ser ativa por toda a nossa vida e não
unicamente em dias previamente marcados pela justiça eleitoral.
Faça bom uso do seu voto e
seja um sujeito ativo da sua vida social e política.
Helder Camara – Blog Novas
Utopias.
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