Emmanuel
Questão 752
Deixa que a bênção de Deus te
ilumine o coração para que saibas abençoar.
Ninguém prescinde do amor
para viver.
Observa os que marcham,
desdenhosos, ignorando-te a presença, habituados à convicção de que o ouro pode
comprar a felicidade.
Abençoa-os e passa.
Ninguém conhece o rochedo em
que o barco da ilusão lhes infligirá o derradeiro travo de angústia.
Vês, inquieto, os que se
desmandam no poder.
Abençoa-os e passa.
Muitos deles simplesmente
arrastam as paixões que os arrastarão para o gelo do ostracismo ou para a cinza
do esquecimento.
Contemplas, espantado, os que
são portadores de títulos preciosos, a te exigirem considerações e tributos
especiais.
Abençoa-os e passa.
O tempo cobrar-lhes-á
aflitivo imposto da alma pelas distinções que lhes conferiu.
Ouves, triste, os que
injuriam e amaldiçoam.
Abençoa-os e passa.
São eles tão infelizes que
ainda não podem assinalar as próprias fraquezas.
Fitas, admirado, os que fazem
tábua rasa dos mais altos deveres para desfrutarem prazeres loucos, enquanto a
vitalidade lhes robustece o corpo jovem.
Abençoa-os e passa.
Amanhã, surgirão acordados,
em mais elevado nível de entendimento.
Se alguém te fere, abençoa.
E se esse mesmo alguém volta
a ferir-te, abençoa outra vez.
Não te prevaleças da
crueldade para mostrar a justiça, porque a justiça integral é de Deus e todos
viverão para conhecê-la.
Se teu filho é rebelde e
insensato, abençoa teu filho, porque teu filho viverá.
Se teus pais são
irresponsáveis e desumanos, abençoa teus pais, porque teus pais viverão.
Se o companheiro aparece
ingrato e desleal, abençoa teu companheiro, porque continuará ele vinculado à
existência.
Se há quem te calunia ou
persegue, abençoa os que perseguem e caluniam, porque todos eles viverão.
Humilhado, batido, esquecido
ou insultado, abençoa sempre.
Basta a vida para retificar
os erros da consciência.
Inquirido, certa vez, pelo
Apóstolo quanto ao comportamento que lhe cabia perante a ofensa, afirmou Jesus:
— "Perdoarás não sete
vezes mas setenta vezes sete."
Com isso o Divino Mestre
desejava dizer que ninguém precisa vingar-se, porque o autor de qualquer
crueldade tê-la-á como fogo nas próprias mãos.
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Espíritos” – Francisco C. Xavier –
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