360 –Qual deve ser a ação do
espiritista em face dos dogmas religiosos?
-Os novos discípulos do Evangelho
devem compreender que os dogmas passaram. E as religiões literalistas, que os
construíram, sempre o fizeram simplesmente em obediência a disposições
políticas, no governo das massas.
Dentro das novas expressões evolutivas,
porém, os espiritistas devem evitar as expressões dogmáticas, compreendendo que
a Doutrina é progressiva, esquivando-se a qualquer pretensão de infalibilidade,
em face da grandeza inultrapassável do Evangelho.
361 –Na propaganda da fé, é justo que
os espíritas ou os médiuns estejam preocupados em converter aos princípios da
Doutrina os homens de posição destacada no mundo, como os juízes, os médicos,
os professores, os literatos, os políticos, etc.?
-Os espiritistas cristãos devem pensar
muito na iluminação de si mesmos, antes de qualquer prurido, no intuito de
converter os outros.
E, ao tratar-se dos homens destacados
no convencionalismo terrestre, esse cuidado deve ser ainda maior, porquanto há
no mundo um conceito soberano de “força” para todas as criaturas que se
encontram nos embates espirituais para a obtenção dos títulos de progresso.
Essa “força” viverá entre os homens até que as almas humanas se compenetrem da
necessidade do reino de Jesus em seu coração, trabalhando por sua realização
plena. Os homens do poder temporal, com exceções, muitas vezes aceitam somente
os postulados que a “força” sanciona ou os princípios com que a mesma concorda.
Enceguecidos temporariamente pelos véus da vaidade e da fantasia, que a “força”
lhes proporciona, faz-se mister deixa-los em liberdade nas suas experiências.
Dia virá em que brilharão na Terra os eternos direitos da verdade e do bem,
anulando essa “força” transitória. Ainda aqui, tendes o exemplo do Divino
Mestre para todos os tempos, não teve a preocupação de converter ao Evangelho
os Pilatos e os Ãntipas do seu tempo.
Além do mais, o Espiritismo, na sua
feição de Cristianismo redivivo, não deve nutrir a pretensão de disputar um
lugar no banquete dos Estados do mundo, quando sabe muito bem que a sua missão
divina há de cumprir-se junto das almas, nos legítimos fundamentos do Reino de
Jesus.
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