No capítulo 33 do livro
“Nosso Lar”, André Luiz, basicamente, aborda quatro assuntos importantes: as
saudades que sentia da família terrestre; o desdobramento – fornece notícias de
dois espíritos encarnados que, no instante do desprendimento pelo repouso do
corpo físico, estavam visitando “Nosso Lar”; a chegada da equipe de resgate
denominada “Samaritanos”; e outra vez, referência aos animais no Mundo
Espiritual.
*
Comentemos, inicialmente, a
sua observação daqueles “dois vultos enormes” dos quais, segundo ele, “dos pés
e dos braços pendiam filamentos estranhos, e da cabeça como que se escapava um
longo fio de singulares proporções.” Evidentemente, André está fazendo
referências aos laços perispirituais que unem o espírito ao corpo carnal. O
“fio de singulares proporções” que ele observa à altura da cabeça, é uma
espécie de cordão umbilical, de natureza elástica, que tão somente, se
desprende em definitivo quando do fenômeno da desencarnação.
No livro intitulado “Obreiros
da Vida Eterna”, em seu capítulo XIII – “Companheiro Libertado” –, narrando a
desencarnação de Dimas, o autor espiritual anota o que lhe disse Jerônimo:
“Segundo você sabe, há três regiões orgânicas fundamentais que demandam extremo
cuidado nos serviços de liberação da alma: o centro vegetativo, ligado ao
ventre, como sede das manifestações fisiológicas; o centro emocional, zona dos
sentimentos e desejos sediados no tórax, e o centro mental, mais importante por
excelência, situado no cérebro.”
Os nossos irmãos internautas,
certamente, haverão de pensar não apenas no cordão umbilical que, constituído
por duas artérias liga o feto à placenta – quando o cordão umbilical é cortado,
a criança, então, passa a respirar com autonomia – é o maravilhoso fenômeno do
nascimento! Pensarão, igualmente, os nossos irmãos, naquele “cordão” que liga o
astronauta à sua nave, e, através do qual, ele recebe suprimento de oxigênio.
Se o cordão que liga o astronauta à nave espacial se romper, ele se perderá no
espaço sideral. (Semelhantemente, os mergulhadores de grande profundidade – a
Organização Internacional do Trabalho considera essa profissão a mais perigosa
do mundo! – quando deixam os submarinos, que lhes abrem as escotilhas, ao
caminharam sobre o piso dos oceanos, ou em suas proximidades, permanecem presos
a eles por uma espécie de “cordão”.) Analogias interessantes, para que os
nossos irmãos reflitam no chamado “cordão de prata”, dentro qual circulam
energias de natureza atômica que promovem a união entre
espírito-perispírito-corpo!...
*
Nos espíritos menos evolvidos,
os laços perispirituais, claro, se revelam mais grosseiros, e, portanto, menos
elásticos, não permitindo que o espírito se ausente do corpo para longas
distâncias. O “cordão umbilical” pode também, em sua existência, ser
considerado subjetivamente, ou do ponto de vista psicológico, nas “imantações”
que o espírito, estando encarnado ou desencarnado, experimenta, não logrando,
na maioria das vezes, afastar-se muito do local em que respira, como, por
exemplo: família, casa, cidade, país, etc.
*
Em alguns episódios de
desdobramento, ou da “saída” temporária do espírito do corpo físico, os
filamentos perispirituais podem reunir-se em um único, que lhes parece terminar
à altura das pernas, dos joelhos aos pés.
Quanto maior for a distância
que o espírito, em estado de projeção, esteja de seu corpo físico, mais
adelgaçado o “cordão de prata” se apresenta, podendo, quando assim esteja
determinado que ocorra, romper-se em definitivo.
Em “Obreiros da Vida Eterna”,
em seu capítulo XIX – “A Serva Fiel” –, falando sobre o desenlace de Adelaide
Câmara, a nossa Aura Celeste, mais uma vez, André Luiz registrou a palavra de
Jerônimo, o Instrutor: “A cooperação de nosso plano é indispensável no ato
conclusivo da liberação; todavia, o serviço preliminar do desenlace no plexo
solar e mesmo no coração, pode, em vários casos, ser levado a efeito pelo
próprio interessado, quando este haja adquirido, durante a experiência
terrestre, o preciso treinamento com a vida espiritual mais elevada.”
*
Não obstante, a fim de não
nos estendermos em demasia, o que André Luiz, no capítulo 33 de “Nosso Lar”,
quis demonstrar é que, em circunstâncias especiais, espíritos encarnados na
Terra podem, perfeitamente, visitarem outras Dimensões, porquanto, afinal, o
espírito não se encontra “emparedado” no corpo carnal.
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade
na Internet
Uberaba – MG, 25 de setembro
de 2017.
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