28.9.17

Espaço-Tempo

    A terra gira em seu denominado movimento de Rotação e Translação.
    O sol arrasta consigo seu sistema, o conjunto de seus planetas e satélites em direção à um ponto denominado Ápex. O astro de nosso sistema gravita em torno do eixo de nossa galáxia, num movimento resultante da própria galáxia, e, inúmeras são as galáxias, cada qual com sua infinidade de corpos celestes, e, incontáveis sistemas solares.
    A distância astronômica entre uma galáxia e outra foge à nossa compreensão, e, tal distância, comparada com o universo é demasiadamente pequena. Segundo Einstein para atravessarmos o universo seriam necessários 18 bilhões de anos-luz.
    O período do ciclo solar é de 28 anos, o qual terminado, o ano recomeça sempre pelos mesmos dias, enquanto o ciclo lunar possui 19 anos, e, ao fim destes, as fases da lua voltam a se realizar nas épocas do período anterior. O chamado "Grande ano de Platão" consiste em uma volta completa no espaço de todas as estrelas em relação à Terra, de duração de 25.550 anos, sincronamente equivalente ao número médio das respirações do ser humano em um período de 24 horas.
    O nome que os astrônomos aplicam ao movimento de oscilação do eixo da Terra é "Precessão dos equinócios", e que se sucede a cada 2.145 anos, ou seja, a cada 30 graus do "Grande ano de Platão", o qual completo tem 360 graus do ciclo macroscópico de 25.550 anos comparados à um dia de inspirações e expirações humana.
    Mas o que os antigos sabiam dos movimentos das galáxias?
    A sabedoria antiga reporta-nos por um velho comentário oculto, escrito originalmente em sensar:
    "A roda única gira. Uma volta só é feita e cada esfera, e sóis de todos os graus, seguem a sua rota. A noite do tempo perde-se nessa volta e os éons representam menos do que segundos no curto dia do homem. Passam dez milhões de milhões de éons, e duas vezes dez milhões de milhões de Ciclos Brâmicos (trezentos e onze quatrilhões, quatrocentos trilhões de anos igualam um Ciclo Brâmico ou Grande Éon),  e, apesar disso, não fica completa uma hora do tempo cósmico. Dentro da Roda e formando essa Roda existem as rodas menores da primeira à décima dimensão. Estas na sua volta cíclica suportam nas suas esferas de força outras rodas menores. E contudo, o sol cósmico é composto de muitos sóis. "
    A maioria dos físicos hoje acredita na existência de uma quinta dimensão, segundo estes - "A quinta dimensão é menor que o núcleo de um átomo, mas nós e todo o Universo estamos dentro dela".
    O mesmo comentário antigo e oculto em sensar continua reportando-nos:
    "Rodas dentro de rodas, esferas dentro de esferas. Cada uma segue sua rota e repele ou rejeita a sua irmã, e apesar disso nenhuma pode escapar aos braços circunvolventes da mãe.", e continua... "Quando as rodas da quarta dimensão, das quais o nosso sol é uma, e tudo o que é de menor força e em número mais elevado, tal como o oitavo e nono graus, girarem sobre si mesmas, se devorarem uma às outras e se voltarem e despedaçarem a sua mãe, então a Roda Cósmica estará preparada para uma revolução mais rápida".
    Hoje a física determina a não existência de espaço vazio, e sim uma interligação energética, e, a física quântica nos afirma que toda a energia que interliga o universo pode ser influenciada pelo nosso poder mental.
    Segundo a física, o observador do fenômeno é um participante do fenômeno, o que demonstra uma interação, uma grandeza em potencial que, adicionada à grandeza do universo, provam-nos a infinitude divina ao seu manifesto inerente, dessa forma nossa energia mental pode influenciar a energia universal. Segundo a Ciência aproximadamente existem em todo o universo 10 elevado a100 de átomos, o número torna-se tão gigantesco, e, nosso cérebro oferece informações que processa cerca de 10800 opções a percorrer. Esse numero 10 elevado a 800 não implica em oito vezes 10 elevado a 100, sendo 700 zeros a mais do que existem nesse valor, e, se cada zero multiplica dez por dez, deparamo-nos com um número inimaginável e superior ao número de átomos existentes no universo.
    A ciência alerta para o fato de um indivíduo adulto ser detentor de 14 bilhões de neurônios e suas possibilidades de conexão superam as estrelas do universo.
    O macrocosmo assim como o microcosmo possui seus ciclos; as minúsculas partes do átomo têm os seus, assim como as estrelas, os cometas e as galáxias, assim como disse Espinosa: há uma relação entre o finito e o infinito, o mesmo princípio de Hermes Trismegistro: "Assim como é em cima, assim é em baixo". Teilhard de Chardin afirmava que via Deus no átomo, isto é, Deus presente no átomo.
    Os ciclos geralmente denotam a recorrência de acontecimentos. A própria humanidade parece ser cíclica e sensível a densidade populacional.
    Concluímos que não estamos apenas nós impregnados de ondas mentais, mas que também impregnamos o universo, como nos afirma a física  no fato de que as coisas invisíveis são mais reais do que as visíveis, e como nos afirma a ciência ser a inteligência o trabalho conjunto de diversas regiões cerebrais e a capacidade da produção das conexões dos seus 14 bilhões de neurônios.
    Se a Física Quântica nos afirma não haver observador de um fenômeno, mas participante de um fenômeno, desta forma podemos crer nossas atitudes irão refletir nos campos vibratórios psíquicos da coletividade à qual estamos associados. O próprio medo emanado da mente humana e o inconsciente coletivo mergulhado em temores apocalípticos com a finalização do milênio tornam-se então a agulha que tece destinos tornando a melhor maneira de pensar "o não pensar".
   Enquanto as luzes das estrelas nos perfazem uma recordação do universo, pela demora da luz trazer-nos à visão o relato de sua existência, podemos conceituar que a natureza possui uma memória e que estamos sujeitos ao vínculo de ações ao qual pertencemos, tanto naturais como sociais. Isso nos conduz ao conceito elaborado pelos cientistas de que a física quântica pode apenas "predizer um certo número de resultados possíveis" e "não um único resultado definido", isso pode ser expresso em "Vocês Mudarão?", pergunta codificada presente no estudo resultante do experimento que provou a existência do código da Bíblia que relata os maiores acontecimentos da história humana com precisão profética, publicado em um boletim especializado norte-americano, Statistical Science, órgão de divulgação do Instituto de Estatística Matemática (vol. 9, nº 3) em agosto de 1994, pp. 429-438
    Podemos concluir que o tempo cósmico não se compara à um dia de vida do homem, nossos antepassados possuíam uma visão cíclica do tempo, sem começo nem fim denotado pelos fenômenos da natureza em um perpétuo recomeço cujos ciclos regulavam sua vida.
    Em uma definição de biologia, Santo Tomás de Aquino citou que a vida é movimento.
    Segundo à Galileu atribui-se a frase: "E pur, se muove!" - E contudo, ela se move - A respeito do movimento cíclico da Terra em torno do Sol.
    Entre grandes sábios da história estudiosos do "Grande ano de Platão", destacam-se Ptolomeu, Nostradamus, Isaac Newton, A. Rosenberg entre outros.
    Galileu juntamente com Newton, Copérnico e Kepler entre outros foi um dos grandes estudiosos dos fenômenos cíclicos dos astros, em  principal do Sol e da Terra.
    A afirmação de Lavoiser de que na natureza nada se cria, nada se perde, mas tudo se transforma também se aplica aos ciclos, já que o término de um implica no início de outro.
    "Levanta-se o sol, e volta ao seu lugar onde nasce de novo. O vento vai para o Sul, e faz seu giro para o Norte; volve-se e revolve-se na sua carreira e retorna aos seus circuitos" (Eclesiastes 1:5 e 6)
    São Paulo em (2Cors. 4:18): "Porque não miramos as coisas que se vêem, mas sim as que não se vêem. Pois, as coisas que se vêem são temporais e as que não se vêem são eternas."
    Enquanto nossos antepassados possuíam uma visão cíclica do tempo, na atualidade o ponto infinitesimal presente progride em velocidade constante, não retrocede e se mostra indiferente aos acontecimentos, concebido como uma linha reta infinita ,ou finita, se correlacionado a entropia.
    Seu conceito é linear, sob o qual estamos situados e tudo se desloca, os cronômetros colaboram para a ilusão do tempo linear o que força-nos à uma urgência em saciar nossos desejos e produção tornando-se pesados fardos de estresse.
    Reportemo-nos às palavras de Albert Einstein, 1955 - "A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão, embora persistente. "
    Se, em uma concepção conceptual, extinguirmos a memória e a conjectura eliminando o passado e o futuro, só nos resta o infinitesimal AGORA, assim adentramos na lógica de que o Universo está em constante emergir, se criando a cada infinitesimal AGORA e deixando seu rastro em uma memória psíquica da própria natureza, desta forma o universo torna-se um processo no qual estamos englobados e somos levados. Percebemos então que a dissolução de nosso ego não altera o processo do qual fazemos parte e que prosseguirá indefinidamente.
    Se, numa percepção psíquica súbita, percebemos o próprio universo como processo continuo - e do qual fazemos parte - em estado de perpétuo emergir, o tempo se apaga, seja ele cíclico ou linear. Entramos assim no atemporal. O tempo linear deixa de eliminar pouco a pouco nosso tempo de vida a cada segundo que passa, o estresse já não se torna nosso fardo e começamos a transcender a transitoriedade.

http://www.unicamp.br/~vgallani/

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