pelo espírito Adolfo Bezerra
de Menezes
psicografado por Yvonne A.
Pereira
Pelos idos de 1920 chega ao Rio de
Janeiro, Pamela jovem fluminense de 20 anos de idade, proveniente do interior
do pais. Órfã e pobre, dirigi-se a capital à procura de meios para a própria
subsistência.
Cerca de sessenta anos antes,
achando-se ainda encarnado, Bezerra de Menezes, tivera a oportunidade de ser o
padrinho de Esmeralda, espírito agora reencarnado na forma da jovem Pamela.
Apesar da orfandade e pobreza,
Pamela contou com uma bolsa de estudos e ao completar 25 anos, herdará ainda a
fortuna de seu falecido tio bisavô, Comendador Antônio José de Maria e Sequeira
de Barbedo, proprietário da Fazenda Santa Maria.
Pamela dedicava seus dias no
trabalho honesto, como costureira. A noite dedicava horas preciosas ao estudo
do Evangelho segundo o Espiritismo de Allan Kardec.
Diversas noites, enquanto seu corpo
aproveitava do sono restaurador, Pamela que era médium, projetava-se em
desdobramento com a supervisão e proteção de Bezerra de Menezes. Em algumas
vezes, dirigia-se à cidade de Zurique na Suiça a busca de ente querido seu,
chamado carinhosamente de Bentinho. Bentinho fora seu amado na última
encarnação, quando ela mesma usava o nome de Esmeralda, filha do Comendador
Antônio José de Maria e Sequeira de Barbedo.
Bentinho hoje encontrava-se
encarnado como Maximiliano Niemeyer, suíço de nascimento, e que nesses breves
encontros astrais, queixava-se da solidão, apartado do amoroso convívio de
Esmeralda. E certa noite, confidenciou através de comunicação telepática, à
Pamela que a fim de conseguir refrigério para a nostalgia que lhe cruciava,
filiara-se a um grêmio humanitário, onde o estudo do idioma Esperanto seria
indispensável.
Ele pediu então à Pamela que
imitasse o seu gesto, na esperança de que um dia chegassem a se corresponder
através de alguma revista ou jornal de propaganda do Esperanto, já que essas
duas almas queridas se buscam ansiosas, sem outras possibilidades ou
oportunidades de se avistarem senão as que permitem o sono do corpo físico.
No dia seguinte, despertando Pamela
no Rio de Janeiro e Max em Zurique, teriam esquecido o referido encontro em corpo
astral, trazendo apenas a impressão deliciosa de um lindo sonho de amor.
Cultivando o estudo do Esperanto, porém, ambos teriam maior chance de vir a se
conhecer frente a frente em corpo de carne, renovando no futuro, a felicidade
que tão duramente lhes foi arrebatada no passado.
A partir de então, Bezerra de
Menezes sempre que podia, procura lembrar a Pamela, através de sugestões
mentais sutis, o compromisso assumido de aprender Esperanto perante a Max. O
Esperanto está a serviço da Fraternidade como a Beneficência a serviço do Amor
...
Por ser espírita, Pamela
rapidamente demonstrou afinidade e simpatia com o Esperanto, e iniciou um curso
da língua internacional
Certa noite, Pamela encontrou na
sede do núcleo espírita que frequentava, uma revista em Esperanto. Folheando a
revista, deparou-se com um artigo de um jovem agrônomo suíço, acompanhado de
uma foto do autor. Chamava-se Max Niemeyer e tinha então 30 anos.
Pamela intrigou-se com a foto de
Max, pois tinha certeza de conhecê-lo, apesar da impossibilidade do fato.
Encantada com o teor do artigo, Pamela escreveu em Esperanto a Max,
parabenizando-o. Max a respondeu, e estabeleceu-se firme e animada
correspondência entre os dois, que culminou com a vinda de Max ao Brasil e o
reencontro com aquela que foi sua esposa em outra vida.
No contato direto do plano físico,
sem o recurso da telepatia, Max e Pamela comunicavam-se através do Esperanto,
uma vez que Pamela não falava alemão e nem Max falava português.
Nossa história segue adiante
revelando detalhes do passado, envolvendo a fazenda Santa Maria, agora herdada
por Pamela, que foi palco também de sua vida passada como Esmeralda.
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