O MELHOR QUE TEM A FAZER...
No Centro Espírita, é comum que nos deparemos
com companheiros que sempre estão condicionando a sua presença nas tarefas a
exigências de ordem pessoal.
Se não, vejamos:
- Eu não trabalho com
aquele médium doutrinador...
- Se aquele médium passista continuar atuando na
câmara de passes, nela eu não entro mais...
- A palestra daquele orador me dá
sono – uma providência precisa ser tomada, pois, caso contrário, melhor ficar em
casa...
- Eu não aceito que fulano fique se intrometendo no meu Departamento
– é ele, ou eu...
- Com beltrano na equipe, eu estou fora...
- A reunião
está ficando muito longa – se não voltar a ser um pouco mais resumida, não mais
poderei frequentá-la...
- Com a falsidade imperando nos elementos do Grupo,
melhor eu procurar outro Centro...
- Os diretores desta Casa são omissos –
não resolvem os problemas... Estou sentado num banco prestes a quebrar e ninguém
ainda tomou a iniciativa de consertá-lo...
- Outro dia, entrei no banheiro e
não tinha nem papel higiênico – isto é o cúmulo do absurdo... Eu não sei o que
continuo fazendo aqui...
- Aquele professor de Evangelização Infantil chamou
a atenção do meu filho... Ele não tem competência nenhuma. Não trarei mais o meu
filho às suas aulas...
- O que está acontecendo é uma vergonha: em plena
reunião, homem casado flertando com mulher casada, e o presidente do Centro não
toma qualquer atitude... Os dois tinham que ser proibidos de entrar na
Casa...
- Eu trabalho, mas quem aparece é sicrano... A mim, nenhuma palavra
de incentivo e gratidão. Estou cansado... Vou procurar outro Grupo...
- Eu
noto como olham para mim, como se o obsidiado fosse eu, e não eles... As trevas
já tomaram conta de tudo...
- Aquele médium não tem moral nenhuma para ficar
recebendo mensagens – ele precisa ser afastado com urgência... Estou dando um
tempo, se não quem vai se afastar sou eu...
- Estão fazendo muitas campanhas
para arrecadação de recursos... Ora, Centro Espírita não precisa de dinheiro...
Se não houver um basta, estou pretendendo não voltar lá mais...
- Eu avisei
faz tempo... Providência nenhuma foi tomada... Cheguei ao meu limite...
Conivente, eu não vou ser...
- Tudo naquele médium é animismo – se não é
animismo, é mistificação... Não acredito numa vírgula do que os espíritos dizem
por ele... Assim não dá – estou perdendo o meu tempo...
- Estou frequentando
aquele Centro há anos, e nada aconteceu de bom na minha vida... Vou sair...
-
Se quiserem que eu continue, tem que ser do meu jeito...
- A bem da verdade,
já tive até proposta para mudar de Centro Espírita... Vou colocar as cartas na
mesa, se não isto vai acabar acontecendo...
Espero que não, mas se você,
porventura, tem efetuado alguma das elucubrações listadas acima, ou, pelo menos,
parecida com uma delas, imaginando que, em qualquer atividade doutrinária, a sua
presença seja imprescindível, o melhor que você tem a fazer é mesmo mudar de
Centro Espírita – e com a urgência possível, para que você se livre do Centro e
o Centro se livre de você!
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 11 de agosto
de 2014
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