Comemora-se, em breve, a data
natalícia da independência do Brasil. Nesta data, todos nós deveríamos estar
orgulhosos pelos feitos de nação independente que somos. Afinal, são quase 200
anos sem o jugo de Portugal. Muitos heróis lutaram por esta independência
mirando um País soberano e justo, igual e próspero, onde a liberdade fosse o
caminho para a construção de uma nação feliz.
Passado todo este tempo, apesar
dos inúmeros progressos que conquistamos, ainda estamos a mercê de políticos que
não pensam, em sua maioria, na real independência do povo, ao contrário, pensam
em manter o povo sob o seu jugo de dependência, entregando esmolas em forma de
direito e não promovendo a sua emancipação social e econômica.
Um País grande
por natureza, absolutamente aquinhoado de belezas e riquezas naturais, com um
potencial enorme de crescimento, não consegue compartilhar o que nele é gerado
para a maioria de sua população.
Na história do Brasil, os ricos sempre
ficaram mais ricos, e os pobres, como se cumprisse uma sina, cada vez mais
pobres.
Denúncias de desigualdade são comuns, mas os políticos pouco ouvem
este clamor porque querem mesmo é continuar a usufruir desta diferença social
alarmante que vem a ser até anticristão.
O que falta ao nosso País?
Em
tempos outros, se disséssemos que faltava educação, se diria que isto não foi
eleito pelas nossas elites como prioridade das prioridades, porém, depois de
algum tempo desta constatação, por que ainda fica como prioridade de
papel?
Isto não pode continuar.
A oportunidade de uma eleição geral é
justamente para que possamos priorizar aquilo que nos é importante,
imprescindível, indispensável para o nosso desenvolvimento e para o nosso
futuro.
Pois bem, aproveitemos esta oportunidade de ouro e façamos valer a
nossa vontade, a vontade de promover este País como um lugar de grande
desenvolvimento social e econômico, livre das injunções internacionais e ator de
sua própria história.
Por certo tempo, quiseram importar modelos de
desenvolvimento de outros países como se fosse apenas um copiar-colar e tudo se
resolveria. Um amálgama que se reproduziria em nossas terras e pronto, o
desenvolvimento chegou.
Podemos hoje, respirando novos ares, e aproveitando o
imenso potencial criativo de nossa gente, buscar alternativas lógicas e
sensatas, sem desperdício de dinheiro público, para partilhar o desenvolvimento
para o maior número possível de pessoas.
O Brasil precisa dar um salto
definitivo de desenvolvimento.
Apesar de ostentarmos uma posição privilegiada
do tamanho da nossa economia na escala mundial, sabemos que esta riqueza é
absolutamente concentrada, que o povo, de maneira geral, não partilha dela. É um
horror. Horror saber que se é rico e que não participa deste banquete, que se é
excluído da festa.
Jamais tivemos tantas condições, históricas e políticas,
para a promoção de um futuro grandioso como agora. Temos recursos, temos planos,
temos políticos com competência que podem materializar o desenvolvimento, temos
relativa estabilidade econômica, então, por que não assumirmos a nossa posição
de vanguarda no concerto das nações?
Outros países, há pouco mais de duas
gerações, tomaram esta decisão estratégica e atualmente já usufruem dos frutos
do desenvolvimento e nós ainda não.
A política é o caminho para se tomar as
grandes decisões, façamo-las então.
Tornemos o nosso País mais ético e
sustentável, com mais educação de qualidade para toda a gente e promotor do
desenvolvimento individual e coletivo.
O compromisso de mudança deve ser de
cada um e, pouco a pouco, ganhar escala geral.
O Brasil espera a nossa
participação e vontade de mudança. A felicidade está em nossas mãos.
Helder
Camara
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