OBSESSÃO ENTRE ENCARNADOS
Falando a respeito da obsessão entre
encarnados, que, na minha modesta opinião, é a pior das obsessões, não estou
querendo me referir à opressão de natureza física e mental que, de maneira
impiedosa, certas pessoas exercem sobre outras.
Muito comum, por exemplo, nos
depararmos com quadros de pais que subjugam filhos, e vice-versa, quanto de
cônjuges que escravizam cônjuges no relacionamento que estabelecem...
Quando
na Terra, tive oportunidade de me deparar com muitas situações assim, em que um
espírito encarnado, praticamente, anulava o outro, impedindo o seu crescimento
diante da Vida.
Uma mãe vampirizava tanto a pobre da filha, que, ao vê-las
adentrando o meu consultório, eu tinha a impressão de que a dementada genitora
sugava todas as energias da pobre menina, pela qual ela a todo instante chamava,
impedindo que a garota saísse de seu raio de influência, ou que sequer
respirasse sem a sua permissão...
Fiz o que pude para libertar a jovem
daquela possessão afetiva, que, a cada dia, tornava-a mais debilitada, inclusive
fisicamente, e que terminou por levá-la à pneumonia, vindo a desencarnar
primeiro que sua perturbada mãe.
E o pior é que, então, criou-se tal
dependência psíquica entre as duas, que, mesmo após ter desencarnado, a filha
não conseguia se libertar da mãe que, poucos anos depois, igualmente veio a
deixar o corpo ainda chamando, com insistência, por ela.
Quero, no entanto,
através deste pequeno registro, alertar para outro tipo de obsessão que, com
frequência, impera entre os que se encontram encarnados – obsessão, talvez,
menos agressiva, porém não menos nociva do que aquela que mencionei entre uma
senhora e sua filha única.
Trata-se de uma obsessão exercida à distância,
apenas e tão somente pela força do pensamento que dispara na direção do alvo que
pretende atingir...
Nesta espécie de obsessão entre encarnados, não raro, o
obsessor age com plena consciência do que pretende na emissão de vibrações
agressivas que, constantemente, emite na direção da vítima de sua inveja, de sua
mágoa, de seu ódio...
Tais vibrações enfermiças, se não rechaçadas por quem,
direta ou indiretamente, as esteja motivando, podem ir minando a sua
resistência, fazendo com que, por exemplo, ele se veja dominado pelo desânimo na
tarefa que cumpre.
De repente, sem explicação alguma, a vítima começa a se
sentir tomado pela falta de disposição física, exteriorizando vários sintomas de
doenças que, na realidade, não existem.
Então, procurando vários médicos,
toma medicamentos sem necessidade de tomá-los, e, caso não venha a reagir contra
tal estado de abatimento, de tanto somatizar as vibrações que recebe, pode, de
fato, acabar dentro de um quadro patológico real.
Daí a necessidade de todos
os que costumam despertar tais reações ao seu derredor – a alguns metros, ou
alguns quilômetros de si – criarem, em nível de pensamento, defesas capazes de
repelir as vibrações que desejam a sua queda e o seu fracasso.
A primeira
providência para isto, evidentemente, é a de se tomar consciência de que os
adversários estão sempre à espreita e dardejam vibrações negativas que
mentalizam, sem pausa, contra quem querem prejudicar... A segunda providência é
a de se esforçar no sentido de, sob qualquer hipótese, não lhes oferecer
sintonia, criando, com base na prece e na prática do bem aos semelhantes, um
escudo magnético de proteção em volta de si...
No mais, é deixar que as
vibrações infelizes não encontrando receptividade da parte do destinatário,
tornem ao seu anônimo remetente, cujo endereço elas conhecem, e, pela Lei de
Causa e Efeito, ensinem a lição que lhe cabe aprender.
INÁCIO
FERREIRA
Uberaba – MG, 14 de abril de 2014.
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