Avante!
João DAMASCENO VIEIRA FERNANDES *
Peregrino da vida e da morte oriundo
2. Avança do nascer ao pôr do Sol, durante
A evolução sem fim nos carreiros do mundo,
Pela ronda do tempo, a ressurgir constante.
Das sombras da maldade à luz do bem fecundo,
Das ruínas morais ao triunfo pujante,
Aprende pouco a pouco e, segundo a segundo,
8. Ergue em tudo, a ti mesmo, o teu grito de – avante!
Segue esgarçando os véus dos caminhos secretos,
Desfazendo aflições e remontando afetos,
Com risos e ilusões, suspiros e agonias.
12. E ao morrer-te o rancor e ao nascer-te a humildade,
Em êxtases de amor e em lances de bondade,
14. Encontrarás, ditoso, a paz de novos dias!
(*) Poeta, jornalista, crítico literário, dramaturgo, historiador, Patrono da cadeira nº 17 da extinta Academia Riograndense de Letras, colaborou ativamente na revista do Pártenon Literário, do qual fazia parte, e em várias publicações periódicas, dentre elas, Álbum do Domingo, O Mosquito, Lusitano. Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e do congênere da Bahia. Gozou de grande prestígio como poeta, e “a sua poesia da última fase é no geral simples, sem distorções, direta, a par de calorosamente humana e fraterna”. (Guilhermino César, in História da Lit. R.G.S., pág. 284). (Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 6 de maio de 1853 – Salvador, Bahia, 7 de março de 1910 **).
BIBLIOGRAFIA: Ensaios Tímidos; Auroras do Sul; Esboços Literários, poesia e crítica; Escrínios; Albatrozes; etc.
_________________________
** Essas datas, tirámo-las do Diário da Bahia e do Diário de Notícias, jornais de Salvador, que noticiaram o sepultamento de Damasceno Vieira.
2. Note-se o “enjambement” que nos suscita a idéia de alguém que avança do nascer ao pôr do Sol, durante a evolução sem fim...
8. Aliteração em t.
12. Observem-se, não apenas neste verso, mas nos anteriores, as antíteses primorosas.
14. Cf. o soneto A Lendo do Judeu Errante”, de autoria do poeta quando encarnado (apud Col. Poetas Sul-Riogr., pág. 94), cuja disposição rimática é perfeitamente idêntica à de “Avante!.
Livro Antologia dos Imortais - Francisco C. Xavier e Waldo Vieira.
João DAMASCENO VIEIRA FERNANDES *
Peregrino da vida e da morte oriundo
2. Avança do nascer ao pôr do Sol, durante
A evolução sem fim nos carreiros do mundo,
Pela ronda do tempo, a ressurgir constante.
Das sombras da maldade à luz do bem fecundo,
Das ruínas morais ao triunfo pujante,
Aprende pouco a pouco e, segundo a segundo,
8. Ergue em tudo, a ti mesmo, o teu grito de – avante!
Segue esgarçando os véus dos caminhos secretos,
Desfazendo aflições e remontando afetos,
Com risos e ilusões, suspiros e agonias.
12. E ao morrer-te o rancor e ao nascer-te a humildade,
Em êxtases de amor e em lances de bondade,
14. Encontrarás, ditoso, a paz de novos dias!
(*) Poeta, jornalista, crítico literário, dramaturgo, historiador, Patrono da cadeira nº 17 da extinta Academia Riograndense de Letras, colaborou ativamente na revista do Pártenon Literário, do qual fazia parte, e em várias publicações periódicas, dentre elas, Álbum do Domingo, O Mosquito, Lusitano. Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e do congênere da Bahia. Gozou de grande prestígio como poeta, e “a sua poesia da última fase é no geral simples, sem distorções, direta, a par de calorosamente humana e fraterna”. (Guilhermino César, in História da Lit. R.G.S., pág. 284). (Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 6 de maio de 1853 – Salvador, Bahia, 7 de março de 1910 **).
BIBLIOGRAFIA: Ensaios Tímidos; Auroras do Sul; Esboços Literários, poesia e crítica; Escrínios; Albatrozes; etc.
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** Essas datas, tirámo-las do Diário da Bahia e do Diário de Notícias, jornais de Salvador, que noticiaram o sepultamento de Damasceno Vieira.
2. Note-se o “enjambement” que nos suscita a idéia de alguém que avança do nascer ao pôr do Sol, durante a evolução sem fim...
8. Aliteração em t.
12. Observem-se, não apenas neste verso, mas nos anteriores, as antíteses primorosas.
14. Cf. o soneto A Lendo do Judeu Errante”, de autoria do poeta quando encarnado (apud Col. Poetas Sul-Riogr., pág. 94), cuja disposição rimática é perfeitamente idêntica à de “Avante!.
Livro Antologia dos Imortais - Francisco C. Xavier e Waldo Vieira.
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