Reflexões sobre a Continuidade do Existir - 1
O escritor Eduardo Giannetti da Fonseca lançou recentemente um livro muito interessante sobre a temática da imortalidade do ser humano.
O livro "Imortalidades" é uma profunda reflexão filosófica e ensaística sobre a condição humana diante da finitude e o anseio universal por perenidade (o desejo de continuar existindo).
Apesar de a morte ser o motor da reflexão, o tema central da obra é, na verdade, a afirmação da vida e o desejo de projetar a existência para além de si mesmo. O autor explora como o ser humano, ao longo da história e em diferentes culturas, desenvolveu estratégias para tentar transcender a transitoriedade do corpo e os caprichos do acaso.
É um livro cuja avaliação somente poderá ser feita depois da sua leitura completa. Aproveitarei trechos da entrevista que ele deu ao jornalista Pedro Bial, aqui abaixo, para pensar alto sobre as suas conclusões baseando-se, no entanto, aos aspectos abordados sob a ótica de ciência e da filosofia espírita.
Há muitas nuanças a serem comentadas da entrevista, reservei-me aqui a análise de cinco afirmativas.
1. “A vontade de viver mais acompanha o ser humano desde que ele existe.”
O instinto de sobrevivência do ser humano além da experiência física é um traço característico de diversas culturas e povos. A compreensão sobre este aspecto pode ter variado ao longo do tempo, mas é algo que concretamente se encontra na história da humanidade.
É comum, por exemplo, fazer reverência e pedidos para os parentes mortos em muitos povos. O culto a ancestralidade é uma demonstração da acreditação que a vida, de alguma maneira, continua.
A consulta aos mortos através das pitonisas pode ser uma demonstração que as pessoas possuíam a firme crença da sobrevivência e que poder-se-ia contar com eles.
Somente no século 19 com mais intensidade é que esta manifestação se fez mais intensa naquilo que se denomina como “invasão organizada”. Diversos países começaram a contabilizar fatos sobre comunicações dos espíritos numa escala jamais vista até então. O neoespiritualismo e depois o Espiritismo eclodem com estudos sérios da fenomenologia dando respostas mais concretas sobre a vida após a morte e detalhes de como é este “país” extrafísico.
Atualmente, a ciência em diversos campos do saber estuda estas manifestações apresentando respostas cada vez mais contundentes com demonstrações inequívocas que a morte não é o fim.
2. “O que acontece depois da morte é por definição fora da experiência possível.”
O que ocorre depois da morte é parcialmente fora da experiência possível ligada a realidade material porque há fenômenos que acontecem que envolve o espectro da matéria e cuja explicação não é suficiente recorrer a argumentos físicos.
A essência, porém, da realidade espiritual efetivamente difere da concepção da ciência oficial. É necessário recorrer a outras hipóteses de teste e outros modelos existenciais para buscar as respostas para uma infinidade de fenômenos.
Se a hipótese da existência de uma consciência extrafísica não for posta à mesa para investigação, a ciência tradicional ficará tateando em explicações vazias e de pouco sentido.
O próprio sistematizador do pensamento espírita, Allan Kardec, teve que recorrer a criação de nova metodologia do fenômeno sob pena de empacar nos seus estudos dos fatos espíritas.
A Física Quântica e a Psicologia Transpessoal são, por exemplo, algumas destas tentativas de elevar para outro patamar de pesquisa os fenômenos aparentemente sem explicação lógica ou convincente.
3. “Precisamos nos proteger de duas ameaças: o cientismo que reduz tudo a átomos e movimentos e a má religião que nos oferece o conto da carochinha.”
Lúcida conclusão do pensador Eduardo Giannetti da Fonseca. As explicações rasteiras e desprovidas de maturidade argumentativa limitam a compreensão dos fatos espirituais.
A ciência reducionista à matéria e a religião que cria fantasias do pós-morte não contribuem para um estudo sério e aprofundado sobre a questão.
Há, entretanto, que avançar no campo da busca destas explicações. Não é somente no campo da religião que se pode encontrar estas explicações. O Espiritismo, a Metapsíquica, a Parapsicologia e a Conscienciologia, entre outras, são disciplinas que fizeram e fazem um esforço de pesquisa e modelagem dos fenômenos psíquicos e energéticos com critério e seriedade, fugindo dos argumentos fantasiosos e infantis sobre o assunto.
A análise das duas outras afirmativas contidas na entrevista será apresentada no próximo artigo.
Carlos Pereira - Blog de Carlos Pereira.
O escritor Eduardo Giannetti da Fonseca lançou recentemente um livro muito interessante sobre a temática da imortalidade do ser humano.
O livro "Imortalidades" é uma profunda reflexão filosófica e ensaística sobre a condição humana diante da finitude e o anseio universal por perenidade (o desejo de continuar existindo).
Apesar de a morte ser o motor da reflexão, o tema central da obra é, na verdade, a afirmação da vida e o desejo de projetar a existência para além de si mesmo. O autor explora como o ser humano, ao longo da história e em diferentes culturas, desenvolveu estratégias para tentar transcender a transitoriedade do corpo e os caprichos do acaso.
É um livro cuja avaliação somente poderá ser feita depois da sua leitura completa. Aproveitarei trechos da entrevista que ele deu ao jornalista Pedro Bial, aqui abaixo, para pensar alto sobre as suas conclusões baseando-se, no entanto, aos aspectos abordados sob a ótica de ciência e da filosofia espírita.
Há muitas nuanças a serem comentadas da entrevista, reservei-me aqui a análise de cinco afirmativas.
1. “A vontade de viver mais acompanha o ser humano desde que ele existe.”
O instinto de sobrevivência do ser humano além da experiência física é um traço característico de diversas culturas e povos. A compreensão sobre este aspecto pode ter variado ao longo do tempo, mas é algo que concretamente se encontra na história da humanidade.
É comum, por exemplo, fazer reverência e pedidos para os parentes mortos em muitos povos. O culto a ancestralidade é uma demonstração da acreditação que a vida, de alguma maneira, continua.
A consulta aos mortos através das pitonisas pode ser uma demonstração que as pessoas possuíam a firme crença da sobrevivência e que poder-se-ia contar com eles.
Somente no século 19 com mais intensidade é que esta manifestação se fez mais intensa naquilo que se denomina como “invasão organizada”. Diversos países começaram a contabilizar fatos sobre comunicações dos espíritos numa escala jamais vista até então. O neoespiritualismo e depois o Espiritismo eclodem com estudos sérios da fenomenologia dando respostas mais concretas sobre a vida após a morte e detalhes de como é este “país” extrafísico.
Atualmente, a ciência em diversos campos do saber estuda estas manifestações apresentando respostas cada vez mais contundentes com demonstrações inequívocas que a morte não é o fim.
2. “O que acontece depois da morte é por definição fora da experiência possível.”
O que ocorre depois da morte é parcialmente fora da experiência possível ligada a realidade material porque há fenômenos que acontecem que envolve o espectro da matéria e cuja explicação não é suficiente recorrer a argumentos físicos.
A essência, porém, da realidade espiritual efetivamente difere da concepção da ciência oficial. É necessário recorrer a outras hipóteses de teste e outros modelos existenciais para buscar as respostas para uma infinidade de fenômenos.
Se a hipótese da existência de uma consciência extrafísica não for posta à mesa para investigação, a ciência tradicional ficará tateando em explicações vazias e de pouco sentido.
O próprio sistematizador do pensamento espírita, Allan Kardec, teve que recorrer a criação de nova metodologia do fenômeno sob pena de empacar nos seus estudos dos fatos espíritas.
A Física Quântica e a Psicologia Transpessoal são, por exemplo, algumas destas tentativas de elevar para outro patamar de pesquisa os fenômenos aparentemente sem explicação lógica ou convincente.
3. “Precisamos nos proteger de duas ameaças: o cientismo que reduz tudo a átomos e movimentos e a má religião que nos oferece o conto da carochinha.”
Lúcida conclusão do pensador Eduardo Giannetti da Fonseca. As explicações rasteiras e desprovidas de maturidade argumentativa limitam a compreensão dos fatos espirituais.
A ciência reducionista à matéria e a religião que cria fantasias do pós-morte não contribuem para um estudo sério e aprofundado sobre a questão.
Há, entretanto, que avançar no campo da busca destas explicações. Não é somente no campo da religião que se pode encontrar estas explicações. O Espiritismo, a Metapsíquica, a Parapsicologia e a Conscienciologia, entre outras, são disciplinas que fizeram e fazem um esforço de pesquisa e modelagem dos fenômenos psíquicos e energéticos com critério e seriedade, fugindo dos argumentos fantasiosos e infantis sobre o assunto.
A análise das duas outras afirmativas contidas na entrevista será apresentada no próximo artigo.
Carlos Pereira - Blog de Carlos Pereira.
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