Paulo Machado *
Senhor,
O carpinteiro
Trouxe a madeira pobre ao banco de talhar
E, manejando a enxó, o serrote e o formão,
5 Cortou-a sem piedade...
Ninguém lhe ouviu reclamação alguma.
Findos alguns instantes,
Era coluna simples.
Dentro de pouco tempo,
Ei-la peça lavrada,
Em caminhão barulhento,
E levada a servir nas construções dos homens,
Sem perguntar sequer,
Pelo próprio destino:
Se devia brilhar no teto de um palácio
Ou pisada no chão de cabana esquecida...
Ajuda-me, Senhor,
A entender a lição dessa coluna humilde!...
Que eu saiba agradecer
A dor que me depura
E depois receber
A mercê de servir-te,
Quando o quanto quiseres,
Como e seja onde for...
5. Leia-se pie-da-de-, com senérese.
(*) O poeta não se identificou perante reunião em que a página foi psicografada.
Livro: Antologia dos Imortais - Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
Senhor,
O carpinteiro
Trouxe a madeira pobre ao banco de talhar
E, manejando a enxó, o serrote e o formão,
5 Cortou-a sem piedade...
Ninguém lhe ouviu reclamação alguma.
Findos alguns instantes,
Era coluna simples.
Dentro de pouco tempo,
Ei-la peça lavrada,
Em caminhão barulhento,
E levada a servir nas construções dos homens,
Sem perguntar sequer,
Pelo próprio destino:
Se devia brilhar no teto de um palácio
Ou pisada no chão de cabana esquecida...
Ajuda-me, Senhor,
A entender a lição dessa coluna humilde!...
Que eu saiba agradecer
A dor que me depura
E depois receber
A mercê de servir-te,
Quando o quanto quiseres,
Como e seja onde for...
5. Leia-se pie-da-de-, com senérese.
(*) O poeta não se identificou perante reunião em que a página foi psicografada.
Livro: Antologia dos Imortais - Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
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