25.10.22

Por Uma Nação em Paz

O Brasil passa por momentos difíceis, mas gloriosos.
As trevas que hoje insistem em pairar nas terras do Cruzeiro haverão de partir em retirada. Hoje, elas riem da nossa desgraça. Os irmãos se desconhecem como irmãos. Tratam-se como se inimigos fossem. E em guerra estivessem.
Que pátria é esta onde reina a crise e a desunião?
Que nação é esta que não está na nossa Constituição.
Os embates febris numa democracia são mais que bem-vindos.
É do encontro dos contraditórios que se fortalece o regime das liberdades políticas e de expressão.
É da diversidade de opinião que gradualmente se edifica um novo estado de sociedade. Isto acontece, no entanto, em clima de paz e serenidade.
Nem nos tempos mais sombrios da ditadura militar, vi tamanha sanha de irmão contra irmão. Tínhamos as nossas diferenças abissais de opinião, é verdade. Havia um grupo feroz e cruel que insanamente destruía irmãos de pátria – mas eram diminutos naquele regime de exceção.
Hoje não! Sem armas nem poder de polícia, abandonam-se as ideias e os ideais para o confronto de forças como se guerra travasse.
Isto não é a democracia imaginada por socialistas nem liberais. Por sociais-democratas ou neoliberais. Isto é fratricídio!
Por que não nos tratarmos minimamente como irmãos e cidadãos da mesma pátria?
Por que temos que destilar ódio e violência diante da contradição de ideias?
Por que alimentarmos a mentira e o ódio nesta eleição?
Os que combateram conosco no regime de ditadura, mesmo os que acreditavam numa linha mais dura para evitar o fantasma do comunismo, não possuíam, os sensatos, esta visão de divisão.
Agora, parece-nos, que querem propositadamente rachar o Brasil. Para que, minha gente? Não é assim que se constrói uma grande nação.
A visão dicotomista da política leva a isso. É pura ilusão!
Na política jamais existe apenas dois lados, simplesmente porque não existe duas pessoas que pensem exatamente igual. Mesmo na convergência há discordância de opinião em algum ponto. Que belo isso, não?
É pelo encontro saudável da diferença que um País se ergue e proporciona dias melhores para o cidadão.
O erro e o acerto fazem parte da construção de uma boa gestão pública.
O que jamais podemos admitir no nosso País é a mentira embrulhada de verdade.
Enquanto políticos sórdidos subtraírem o dinheiro da nação.
Enquanto as leis servirem para beneficiar poucos ou interesses de lesa-pátria.
Enquanto a desfaçatez for a pedra de toque das relações, nada crescerá.
Infelizmente, nesta nova legislação, há muitos lobos em pele de cordeiros.
Acordem, senhores! Não se deixem levar por interesses mesquinhos e de ocasião.
Questionem vossos líderes!
Não se deixem levar por discursos estéreis e sem consistência.
Não se permitam aprovar medidas que frontalmente irão de encontro aos interesses do povo e de toda a nação.
Sejam patriotas de verdade e não apenas como uma alusão.
Quaisquer que sejam os resultados desta eleição haverá um novo Brasil a se construir.
Mais dias difíceis virão e se não houver determinação de superação, enfrentando até figuras de pseudo aliados, tudo cairá por terra e mais sofrimento virá.
Que se encontrem como nação.
Que vivam à busca da união, mesmo na diversidade de opinião – ou principalmente por causa dela.
Que viva a democracia.
Sem a qual tudo desaparecerá.
Sem a qual apenas reinará a vontade do ditador de ocasião.
O povo estará em alerta seja qual for o vencedor de facção.
Dia melhor virá para nosso querido Brasil. Afinemos, no entanto, o nosso proceder para que seja de mínima dor até este dia chegar.
A liberdade prevalecerá.
O bem reinará.
O amor nos conduzirá.

Ulysses Guimaraes - Blog de Carlos Pereira.

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