15.10.20

Fascinação

Conjugando nosso esforço, separamos, de alguma sorte, o algoz da vítima, conquanto, segundo apontamento de nosso orientador, continuassem unidos pela fusão magnética, mesmo a distância.
Companheiros de nossa esfera retiraram o Espírito obsidente, encaminhando-o a certa organização socorrista.
Ainda assim, a doente gritava, afirmando estar à frente de medonho estrangulador em vias de sufocá-la.
Aplicando-lhe passes de reconforto, Áulus esclareceu:
- Agora é apenas o fenômeno alucinatório, natural em processos de fascinação como este. Perseguidor e perseguida jazem na mais estreita ligação telepática, agindo e reagindo mentalmente um sobre o outro.
Gradativamente, a enferma acalmou-se.
Finda a crise, perguntei ao nosso orientador sobre o remédio definitivo à dolorosa situação, ao que respondeu com grave entono:
- A doente está sendo preparada, tendo-se em vista uma solução justa para o caso. Ela e o verdugo, em breve, serão mãe e filho. Não há outra alternativa na obtenção do trabalho redentor. Energias divinas do amor puro serão mais profundamente tocadas em sua sensibilidade de mulher e nossa irmã praticará o santo heroísmo de acolhê-lo no próprio seio...
Em seguida, deixando-nos pensativos, caminhou no rumo de outro necessitado, enquanto exclamava:
- Louvado seja Deus pela glória do lar!
 Livro: "Nos Domínios da Mediunidade"   Psicografia: Francisco C. Xavier - André Luiz

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