12.9.20

CANÇÃO DE FÉ

Quero compor um poema
De celeste inspiração,
Um poema em que minh’alma
Exalte a fé na canção.

Devo dizer a vocês,
Amigos que quero bem,
Na alegria dos meus versos,
Que a Vida prossegue além.

Pela Lei que nos governa
E nos faz pensar assim,
Nada do que foi criado
Conhecerá o seu fim.

A semente pequenina
Relegada à cova escura,
Transforma em berço de vida
Sua própria sepultura.

A lagarta no casulo,
Vencida pelo cansaço,
Transfigura-se em falena
E voa, livre, no espaço.

O que vive, se alimenta
Na luz do Amor que se inflama...
Desabrochando em perfume,
O lírio nasce na lama.

Levado ao calor do fogo,
Sofrendo de forma insana,
O barro triste e disforme
Faz-se rica porcelana.

Esquece toda tristeza
Que surja no seu caminho...
A rosa mais perfumada
Cresce na garra do espinho.

Prossigamos no trabalho
Do Bem que nunca nos cansa,
Pois há sempre um novo dia
Para quem tem esperança.

Recordemos que Jesus
Demonstrou, sublime e forte,
Ante o túmulo vazio,
A Vida vencendo a morte.

Eurícledes Formiga - Blog Espiritismo em Prosa e Verso
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do “Grupo Espírita da Prece”, na noite de 23 de Setembro de 1989, em Uberaba – MG).

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