Reunião pública de 3-4-59
Questão nº 944
Quando te encontres diante de
alguém que a morte parece nimbar de sombra, recorda que a vida prossegue, além
da grande renovação...
Não te creias autorizado a
desferir o golpe supremo naqueles que a agonia emudece, a pretexto de
consolação e amor, porque, muita vez, por traz dos olhos baços e das mãos
desfalecentes que parecem deitar o último adeus, apenas repontam avisos e
advertências para que o erro seja sustado ou para que a senda se reajuste
amanhã.
Ante o catre da enfermidade
mais insidiosa e mais dura, brilha o socorro da Infinita Bondade facilitando, a
quem deve, a conquista da quitação.
Por isso mesmo, nas próprias
moléstias reconhecidamente obscuras para a diagnose terrestre, fulgem lições
cujo termo é preciso esperar, a fim de que o homem lhes não perca a essência
divina.
E tal acontece, porque o
corpo carnal, ainda mesmo o mais mutilado e disforme, em todas as
circunstâncias, é o sublime instrumento em que a alma é chamada a acender a
flama de evolução.
É por esse motivo que no
mundo encontramos, a cada passo, trajes físicos em figurino moral diverso.
Corpos – santuários...
Corpos – oficinas...
Corpos – bênçãos...
Corpos – esconderijos...
Corpos – flagelos...
Corpos – ambulâncias...
Corpos – cárceres...
Corpos – expiações...
Em todos eles, contudo,
palpita a concessão do Senhor, induzindo-nos ao pagamento de velhas dívidas que
a Eterna Justiça ainda não apagou.
Não desrespeites, assim, quem
se imobiliza na cruz horizontal da doença prolongada e difícil,
administrando-lhe o veneno da morte suave, porquanto, provavelmente, conhecerás
também mais tarde o proveitoso decúbito indispensável à grande meditação.
E usando bondade para os que
atravessam semelhantes experiências, para que te não falte a bondade alheia no
dia de tua experiência maior, lembra-te de que, valorizando a existência na
Terra, o próprio Cristo arrancou Lázaro às trevas do sepulcro, para que o amigo
dileto conseguisse dispor de mais tempo para completar o tempo necessário à
própria sublimação.
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