Quando, Pai?
Meus queridos amigos,
Quero abordar hoje sobre a pobreza no mundo.
Apesar de tanta riqueza que se tem sobre a
Terra, a condição desigual e miserável ainda predomina no planeta.
Como é que temos ainda tanta gente na faixa
da miséria total?
Uma pesquisa recente apontou os 10 países
mais pobres do mundo, liderado pela República Centro-Africana, mas igualmente
os demais países do ranking eram todos da África.
Que vergonha!
Somos unânimes em nos gabar dos incríveis
avanços tecnológicos. Jogamos para o ar o argumento que hoje se processa mais
informações em um minuto do que se fazia em toda a história da humanidade. Pois
bem, e daí?
Processamos informações, inventamos mil
coisas geniais, aperfeiçoamos as nossas máquinas, dobramos o nível de
conhecimento, mas tropeçamos na nossa incapacidade de gerar riqueza equânime
para a maioria da população do planeta.
Somos incapazes, enquanto moradores de um
mesmo planeta, de proporcionar condições dignas de vida para o conjunto de
nossos irmãos.
Isto tem uma palavra, uma única palavra para
explicar este desconforto: egoísmo.
Qual a consideração que temos com os nossos
irmãos africanos? Nenhuma. Pensa-se que lá é assim mesmo e sempre será. Não
importa o que se fizer haveremos de ter uma África miserável para todo o
sempre.
Que lástima!
Além de egoístas inveterados, aprovamos a
nossa incompetência com argumentos frouxos e sem sentido algum.
Não enfrentamos o problema e tampouco
movemos uma palha sequer na direção de diminuir as barreiras que nos separa.
Como poderíamos ajudar?
Procure instituições verdadeiramente sérias
e dê a sua contribuição. Diminuindo a fome de um, que seja apenas um de nossos
irmãos, já estaremos dando enorme passo de renovação social.
Falta a presença do Cristo em nossas mentes. Quando Ele
se solidarizou com todos os pobres e marginalizados, dizendo que se fizessem a
eles faríamos a Ele próprio deu a dica universal da solidariedade humana
irrestrita como caminho para a felicidade social.
Mas não, cruzamos os braços na nossa
primeira argumentação indecorosa. E por que não cuidar dos famintos e pobres da
esquina da sua rua ou da cidade que você mora?
Para quem deseja ajudar as portas do bem
abrem-se ligeiramente. Pense nisso!
Por quanto tempo ainda, Pai, continuaremos a
nos alimentar com estatísticas absurdas, que denigrem a dignidade e que nos
rebaixa a humanidade?
Quando é que veremos o Cristo na face de
qualquer irmão de caminho?
Quando? Quando, Pai?
Helder Câmara – Blog Novas Utopias
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